Foto: Tales.ebner
Por mais que se analise de cabeça fria, que estamos no início do ano, o sentimento de revolta do torcedor são-paulino após nova derrota em um clássico tem total coerência e fundamento, se verificarmos o desempenho do São Paulo nestes jogos.
Considerando apenas o confronto entre os 4 grandes clubes do estado, desde o ano de 2011, o São Paulo mostra uma performance muito distante de sua história e glórias, assemelhando-se a clubes pequenos, que não entram como favoritos.
O escritor, historiador e dono do excelente blog Jogos do São Paulo, Alexandre Giesbrecht, em seu twitter pessoal, relembrou uma estatística terrível que nos mostra o quanto o São Paulo se apequena nestes confrontos.
Desde 2011, o São Paulo jogou 29 clássicos pelo Paulistão. Ganhou 4 (QUATRO!), empatou 9 e perdeu 16 (DEZESSEIS! 55,2%!). Marcou 23 gols (não dá um por jogo) e sofreu 46. Só não sofreu gols em quatro empates (sim, até nas vitórias sofreu gols).
Atualizando: desde 2011, o São Paulo jogou 29 clássicos pelo Paulistão. Ganhou 4 (QUATRO!), empatou 9 e perdeu 16 (DEZESSEIS! 55,2%!). Marcou 23 gols (não dá um por jogo) e sofreu 46. Só não sofreu gols em quatro empates (sim, até nas vitórias sofreu gols).
— Alexandre Giesbrecht (@jogosspfc) 18 de fevereiro de 2018
Com as últimas gestões ruins, o desempenho despencou
Uma outra visão com relação ao pífio desempenho Tricolor em clássicos, separando por períodos de gestão no clube, nos mostra como desde o segundo mandato de Juvenal Juvêncio, nossa performance despencou:
Presidente / Desempenho / Aproveitamento
Leco: 5v—6e—15d (26,9%)
Aidar: 6v—4e—7d (43,1%)
JJ III: 7v—11e—12d (35,5%)
JJ II: 8v—8e—13d (36,8%)
JJ I: 11v—5e—5d (60,3%)
MPG: 18v—13e—14d (49,6%)
Paulo Amaral: 9v—6e—7d (50%)
Bastos Neto: 10v—4e—9d (49,3%)
Casal de Rey: 16v—19e—15d (44,7%)
Pimenta: 20v—16e—14d (50,7%)
É muito difícil ver o mesmo filme se repetir e aceitar que o São Paulo entra nos clássicos já derrotado, não sendo o favorito, nem mesmo quando joga em sua casa.
Tudo isso passa por diversos fatores, montagem de elencos e treinadores, mas reflete também uma ausência de mentalidade vencedora no clube. Como diria o ex-lateral do São Paulo, Adrian González: “Clássico não se joga, se vence!”.
É preciso mudar muita coisa para colhermos resultados melhores.
