A humildade poderia salvar o São Paulo | OPINIÃO

Foto: Reprodução / YouTube

Sim, amigos tricolores, o Natal está chegando, mas antes, estamos aqui para mais uma coluna.

Afora qualquer espírito natalino, está claríssimo que o presidente do São Paulo, Julio Casares, e o presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu Jr., rasgaram praticamente todas suas promessas de campanha.

O objetivo desta coluna não é, de forma alguma, ser dedicada a criticar essa ou aquela pessoa, até por que o São Paulo Futebol Clube é muito maior que qualquer um de nós.

Devo, porém, criticar novamente a aparição de ambos na mídia. Primeiro, porque os dois desapareceram nos momentos mais difíceis. Segundo: durante a votação dos novos pontos do estatuto, manifestação de parte da torcida e questionamentos, todos os envolvidos se calaram. Então, após a contratação do Rafinha e uma semana após o caos, eles resolvem dar entrevistas. E, claro, continuam falando muito bem, respondendo o que muitos querem ouvir, porém, suas ações nada tem a ver com os discursos.

Na verdade, temos um clube quebrado (aliás, hoje saiu a notícia de que Eder está com quatro meses de direito de imagem atrasados), administrado de forma arcaica, fechada e ultrapassada. Não há entrevista arranjada, palavra decorada, contratação ou media training que combatam a realidade.

Mas o que deveria ser feito?

Além de criticar o que está errado, sim, é possível apontar caminhos. O São Paulo deveria antes de qualquer passo, admitir sua realidade: dívidas astronômicas, salários atrasados, ações judiciais e o futebol (razão de ser do clube) patinando há anos.

Então, falar a verdade para a torcida seria a primeira ação. Após essa exposição, o ideal é haver um plano para recuperação financeira, que passa obrigatoriamente por baixar custos, ter um time mais modesto por alguns anos e reformular a casa.

A receita todo mundo sabe. Infelizmente, a atual gestão do São Paulo preferiu o caminho do populismo, de contratar jogadores em momentos difíceis, demitir técnico e se manter no poder a qualquer custo. Diferente do que aconteceu no Flamengo, por exemplo, não temos dirigentes preocupados com a instituição, mas sim com seus egos, imagens e interesses pessoais.

No mais, amigos, desejo a todos um Feliz Natal. Que Deus abençoe todos vocês, suas famílias e que em 2022 possamos estar juntos aqui no Arquibancada Tricolor. Forte abraço a todos.

*A opinião do colunista não reflete a opinião do site

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