A Coluna do Felipe é publicada às quintas-feiras pelo Felipe Morais e sempre trará detalhes sobre a rica história do Tricolor! Clique aqui e veja todas as edições da coluna.
Amigos tricolores
Escrevo esse artigo dias antes da final da Copa São Paulo de Futebol Junior, onde, pelo segundo ano consecutivo, o São Paulo fará a final. No ano passado, eu tinha a certeza da vitória, uma vez que contávamos com Toró e Helinho no time, que vinham fazendo um grande campeonato. Acordei cedo, assisti de casa ao jogo – uma vez que um compromisso em Taubaté me impediria de ir ao estádio – e assisti! Torci muito, mas infelizmente, o Flamengo levou a melhor. Espero que amanhã, o São Paulo conquiste seu 4º titulo da Copinha, entretanto, é preciso lembrar que o titulo é sempre bom, mas o foco dessa competição não é titulo!
Mas
como uma competição que não tem como foco ganhar?
Calma, eu explico! A ideia é que essa competição revele talentos para o nosso time, casos como Bordon, Renatinho – pena não ter vingado no time titular – Kaká, Casemiro, Lucas Moura, David Neres e mais recentemente Helinho, já desfilando talento no time de cima. Esses são alguns dos talentos que a Copinha nos deu. Lembra de mais algum?
Até aqui o time jogou muito bem, alguns precisam de uma “bronca” por ter indícios de mascarados, coisa da idade, nada fora do comum, mas uma bronca é sempre bem vinda. Titulo da Copinha é comemorado por quem vence, é importante para a base, importante para a categoria, mas para a torcida, pouco. Não se vê torcedores, na mesa de bar, debatendo quem tem mais Copa São Paulo de Futebol Junior, não se vê tricolores batendo no peito por ter 4 Libertadores, uma vez que a competição Sub-20 já foi vencida pelo São Paulo, por isso, o título importa pouco, mas para essa “molecada” que está começando a vida profissional ela é de grande importância, dá confiança!
Do nosso lado, torcedores, basta que torcemos, apoiemos e que possamos entender que se sair na 1ª fase, 3ª fase ou perder na final, o que vale é a evolução dos jogadores e a seleção natural que essa Copa faz. Ver quem tem potencial para o time titular, e porque não, comprar de outros times menores, afinal, talentos não nascem apenas no nosso São Paulo, que tem uma excelente estrutura. Talento nascem aos montes pelo quatro cantos do pais do futebol, todos os dias!
A
base vem com tudo!
Minha amiga tricolor, Layla Reis sempre posta em suas redes sociais a seguinte frase “e a base, vem como?” uma clara alusão ao bom momento que a base vive, já há algum tempo. Com André Jardine, hoje comandando o time titular, o São Paulo viveu momentos de glória. Os excelentes resultados de Jardine o credenciaram a comandar o time titular em 2019, cedo ainda para qualquer avaliação, mas com grandes chances de sucesso.
A base do São Paulo tem sido um grande celeiro de descobridor de craques, mas ao meu ver, ainda mal explorada. Por exemplo, porque contratar Carneiro, Tréllez, Biro Biro e Rojas se tem Toró, Helinho, Antony e Brenner no elenco? Fica aqui uma dúvida! Precisamos explorar mais e vender menos. Não dá para o jogador jogar 5 ou 6 partidas e já ser vendido. David Neres, por exemplo. Luiz Araújo é outro, em um mês de desconhecido virou titular, veio o Rennes e o levou. Ele nem preparado estava e agora está encostado no time Francês, pelo o que eu li, e olha que o Campeonato Frances é dos mais fracos da Europa.
Base
Sub-17
O técnico Orlando Ribeiro manteve a base da equipe vice-campeã da Copa RS e mesclou atletas nascidos em 2001 (sub-17) com jogadores que estão em transição para o profissional, casos do meia-atacante Antony e do zagueiro e lateral-direito Tuta. Não era o time que o técnico queria, mas ele precisou montar com as peças que tinha, foi premiado com a final e espero, de verdade, ser premiado com o titulo. Reforço, esse titulo não é o que importa, mas coroa o trabalho e esforço de Orlando Ribeiro. A torcida comemorará, claro, mas é o titulo que no dia seguinte, esquecem, uma vez que o que importa é o que o time titular faz e esse, há tempos, nos deve algo grande.
Gabriel
Novaes
A bola da vez é o camisa 9 da “Copinha”. O time do São Paulo entrou na competição com desfalques significantes. Igor Gomes, Toró, Walce e Luan não estão na competição por estarem com a seleção, uma baixa significativa, não apenas pelos talentos, mas pelo entrosamento. Orlando Ribeiro, teria um trabalho extra e foi recompensando com o time na final. Agora é 50% de chance para cada lado, mas o São Paulo já mostrou que tem um talento, Gabriel Novaes é o artilheiro tricolor e mostra que tem “faro de gol” é um camisa 9 clássico daquele que se “vacilar ele guarda”. Bom para o São Paulo, que pode deixar o Gonzalo Carneiro ir para onde ele quiser, Novaes tem tudo para ser um dos nomes do tricolor para os próximos anos.
Gabriel
Sara
O São Paulo apostava muito nesse meia, mas que se machucou logo no começo da competição, dificultando ainda mais a vida do técnico Orlando. Reforço isso para mostrar que não só ele fez um excelente trabalho, nos colocando na final, como teve que se virar para driblar os problemas e o fez com a maestria que Antony driblou seus adversários. Sara é uma das joias que o São Paulo aposta, na Copinha pouco ajudou, mas em outras competições em 2019 com certeza será decisivo para que a base fique ainda mais forte e nos dê ainda mais alegria! E por que não imaginar em breve ele com a 10 do tricolor?
Antony
Fez um gesto lindo! Para quem não sabe, o São Paulo, por meio do grande conselheiro Homero Bellintani Filho, “adotou” a pequena Larissa, uma criança que luta contra um câncer no cérebro e que toda a nação tricolor precisa rezar para essa vencedora se livrar esse mal. A menina é um amor e uma guerreira! Antony, aos 18 anos, mostrou caráter ao entrar com a menina em campo e dedicar seu gol, na vitória por 3 a 0 para o Mirassol. Parabéns garoto! Assim nascem os homens, diferente do “condomínio” que na visita da Larissa ao CT, era quem ela mais queria ver e o único jogador a se recusar ir até ela. Quem perdeu? Ele, claro! Ainda bem que foi embora, caras assim não representam a torcida! Antony, muito habilidoso, tem tudo para ser mais uma joia da base a se firmar no time titular. Helinho que se cuide, pois ele e Toró pedem passagem! E que a base nos dê mais talentos para reforçar o time titular e assim possamos voltar a comemorar títulos grandes. Esse ano, 2019, a Libertadores e o Mundial estão de bom tamanho!
Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Foto: Celio Messias/saopaulofc.net
