A Carta Tricolor é escrita pelo Ednaldo de Sá e sua publicação ocorre sempre às terças-feira. Clique aqui e conheça o índice da coluna.
Embora a torcida tricolor tivesse criado bastante expectativa a respeito do possível título paulista, sabíamos ou, pelo menos, desconfiávamos que muito provavelmente a escrita não seria quebrada naquele momento. O contexto de como foi a derrota inclusive foi bastante semelhante aos insucessos recentes. Um campeonato brasileiro seguro que nos assegure a possibilidade de estar entre os 10 primeiros colocados ao final desta trajetória já estaria de bom tamanho.
Às vezes é duro ser “frio” e alheio às tentativas inglórias do São Paulo em decisão, mas é que boa parte da torcida está tão acostumada com essa rotina que fica até fácil superar a tristeza e lamentação momentânea pós-jogo. Certamente a torcida virou a chave do paulistinha porque sabia que o fato de já ter superado o Ituano e depois o Palmeiras nas prévias da final já eram resultados mais do que satisfatórios. Inclusive nem vou citar os problemas decorridos do jogo porque são bem “mais do mesmo” mesmo. Parece que os jogadores do São Paulo normalizaram a desatenção assim como normalizaram os fracassos. Porém, tudo bem, nada de novo e já escrevi muito sobre isso neste curto período em que estou no AT.
Sábado já é uma nova realidade. O Botafogo é o primeiro adversário da nova jornada tricolor no BR19. Após 4 meses de pré-temporada, por incrível que pareça o Sã Paulo vai a campo sem um modelo de jogo verdadeiramente definido e amadurecido dentro das quatro linhas. Mais uma vez, iniciaremos por vias tortas e ainda com alguns problemas extra campo para resolver, vide a situação de Carneiro. Há também outros problemas, porém menos dramáticos do que o citado.
É na energia e no embalo dos combativos jogadores da base tricolor que a torcida mais se apega. Evidentemente eles não serão suficientes para segurar o desempenho aceitável, precisaremos, e muito, da colaboração diretiva com o menor número de erros possíveis, da sorte quando se trata de contusões e possíveis vendas de destaques durante o período de abertura da janela internacional e obviamente do quão entregue Cuca estará ao time. O nome precisa vir com o trabalho. Vamos aguardar sábado para registrar de fato as primeiras impressões desta caminhada. Claro, estaremos de olho.
Ednaldo Benicio. Tenho 24 anos, sou graduado em Eng. Química e moro em Fortaleza. Desde os meus 7 anos, cultivando a paixão tricolor longe dos arredores do Morumbi.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Foto: Rummens