Dagoberto tem espaço?

A Coluna do Felipe é publicada às quintas-feiras pelo Felipe Morais e sempre trará detalhes sobre a rica história do Tricolor! Clique aqui e veja todas as edições da coluna.

Amigos tricolores.

Estou em êxtase ainda depois de ver o Legends Cup no último domingo. Infelizmente, por compromissos pessoais e de trabalho, não pude ir ao evento, mas consegui chegar em casa exatamente no momento em que o São Paulo entrava em campo contra o Bayern de Munique.

Não tem como não se emocionar vendo Zetti no gol, Fabão jogando muito, Lugano em campo, Jorge Wagner com o mesmo talento de bater na bola, Aloísio Chulapa Danone e claro, Dagoberto. Eu, sendo muito honesto, sou suspeito demais, pois sempre defendi o Dagoberto no São Paulo. Ele ia para cima, nunca ficava com medo, fazia gols em clássicos. Muitas vezes, ele era sacrificado pelo esquema tático, indo ao estádio, era nítido ver isso.

Por exemplo, quando fez dupla de ataque com Washington, o pesado centroavante, que tinha que marcar, quando Dagoberto, ou Dagol, pegava a bola e partia em velocidade, até Washington chegar na área adversária, 5 zagueiros já cercavam Dagol .Vi isso inúmeras vezes. Mas ele honrou a camisa como poucos, no passado recente do São Paulo.

Nostalgia

Na semana passada, escrevi sobre o que eu esperava desse torneio. O título, é simbólico, é uma festa, ótimo para ex-jogadores, mas foi um ponto alto ver Muller, Careca e Silas em campo, jogadores fundamentais dos Menudos do Morumbi, para mim, o maior time que o São Paulo já teve em campo. Depois ver Cicinho correndo, Souza (que nunca fui fã, mas honrou o manto), Richarlyson, Bordon, Denilson… isso sem contar com o grande Muricy no banco, sendo Muricy, claro! Faltando 2 minutos para acabar o jogo, São Paulo vencia por 3 x 0, um torneio amistoso e Muricy em pé, na área técnica dando bronca no time. Bordon, com nariz quebrado, jogou o resto do jogo, pois segundo Muricy ele tinha quebrado o nariz e não o pé… Esse é o Muricy, que sempre digo “é muito ídolo!!!”  Isso é o São Paulo, desculpe os jogadores atuais, mas eles, nem de longe tem o mesmo amor e comprometimento com o time, como esses caras que entraram ontem em campo. Todos, sem a menor exceção, independente do talento que tinham, honraram o manto do São Paulo, um amor que passa longe de uns perebas que por lá passaram como Wesley e Michel Bastos.

Dagol e mais dois!

A torcida pediu. Se eu sou o Raí, pensaria no caso! Dagol se aposentou no começo desse ano, ainda está em forma. Sua qualidade é indiscutível, o cara tem 5 campeonatos brasileiros nas costas, apenas isso. Tudo bem, que nesse torneio ele enfrentou jogadores muito acima do peso e idade, por exemplo, na defesa do Bayern estava Bernardo, que quando jogava já era pesado, uma espécie de Jucilei nos anos 80 e 90, que está, hoje, com 54 anos. Mas Dagol encheu os olhos da torcida, e sendo muito honesto, ele, mesmo aposentado joga muito mais que Eveton Felipe, Everton, Toró. Helinho, Pablo. E tem muito mais comprometimento e amor a camisa que Pato! Ou seja, pense bem Raí, faça um teste com ele no Paulista, veja o desempenho. Pelo o que mostrou na Legends Cup, tem muita lenha para queimar ainda. O Zé Roberto e Rivaldo não jogaram até os 40 anos? Pense bem, pode ser um jogador de grande utilidade em campo, até pelo amor que tem ao São Paulo!


Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br

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Foto: São Paulo FC

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