Camisa 10: De “Cuevadependência” à Cuevausência”

Foto: Erico Leona/SãoPauloFC

Desde o segundo semestre de 2016, após vender Paulo Henrique Ganso para o Sevilla, da Espanha, o São Paulo conta com um camisa 10 (ex-camisa 13): Christian Cueva.

Inicialmente, Cueva chegou meio que no anonimato mas, em pouco tempo, mostrou ao torcedor uma pontinha de esperança em um jovem jogador, com características típicas do futebol sul-americano: provocador, driblador e, às vezes, falador.

Cueva jogou muito contra o Corinthians naquele 4 a 0 no Morumbi, com gol de pênalti (com direito a cavadinha) e assistências em todos os outros gols. Porém, Cueva começou a demonstrar algo que ninguém esperava nele: um mau comportamento exemplar.

Ali em cima, quando falei das características de jogadores sul-americanos, deixei passar uma: polêmico. Isto é o que Cueva começou a ser ao longo do tempo. Pivô de casos de bebida, anti-doping, briga entre agente e diretoria, tudo isto já aconteceu na ainda curta passagem de Cueva no São Paulo.

Durante um tempo, quando Cueva integrava a Seleção do Peru, o São Paulo sofria com a falta do meio-campista, trazendo à tona a “Cuevadependência” pois, sempre que ele estava fora, o São Paulo não vencia, ou jogava mal demais. Já hoje, após mais polêmicas e uma disfarçada promessa de venda pós-Copa, Cueva parece não fazer tanta falta assim. Pelo contrário, nos últimos dois jogos, dos quais o São Paulo saiu vitorioso, Cueva não estava presente e, se depender de muita gente, nem precisa mais voltar. Parece que Aguirre achou o time ideal, e Cueva não está nele.

Claro, muita coisa pode mudar, Aguirre ainda não teve a oportunidade de testar Cueva direito, comandou-o por apenas um jogo, já que as datas FIFA estão em vigor no momento.

A questão é: saímos da “Cuevadependência” e entramos na “Cuevausência?

Por Igor Martinez

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