E mais um ano sem Copa…

Copa do Mundo, talvez o ápice do futebol no quesito competição, 32 seleções chegam para disputar um título com forças medidas apenas com jogadores nascidos ou que se identificam com determinado país, diferente do que se tornou o futebol no geral que normalmente quem paga mais, vence.

Há muitos anos, diferente do mundo globalizado atual, os jogadores que disputavam esse aclamado torneio jogavam pelos maiores clubes de seu país de origem,  com a centralização do futebol europeu que começou em meados dos anos 80, os maiores craques se transferiam para o velho continente, mas ainda assim uma grande parcela de bons jogadores atuavam em terras tupiniquins.

Desde a copa de 1930, o São Paulo manda jogadores para a disputa, Araken Patusca foi o primeiro representante, no ano de fundação do “São Paulo da Floresta”. Depois dele nomes de peso marcaram todas as conquistas da seleção canarinho, como Mauro e Bellini em 58 e 62, Gérson em 70 e em 94 Cafu, Zetti, Muller e Leonardo faziam parte do elenco, além de Raí que tinha se transferido para o PSG pouco tempo antes da competição.

Com o passar do tempo só foi ficando mais difícil a presença de jogadores que atuassem fora da Europa disputarem o mundial pelo Brasil, que tem uma grande concorrência por cada vaga, deixando poucas lacunas para jogadores que se destacassem por aqui, o Tricolor do Morumbi como sempre  foi o time mais estável, enviou jogadores para a disputa do penta de 2002, esses foram Belleti, Rogério Ceni e Kaká, e até mesmo no “galáctico” time de Carlos Alberto Parreira de 2006 passaram dois Tricolores, Rogério novamente e o xodó da torcida, Mineiro. Parecia tudo sob controle, mas depois disso, o São Paulo passou de exemplo a um clube comum, e não participou de mais nenhuma Copa pelo Brasil.

Existe uma “máxima” de que o Brasil não ganha copa sem jogadores do São Paulo, em todas as conquistas o Tricolor teve representantes, mas agora em 2018 estamos indo para a terceira disputa sem nenhum jogador vestindo amarelo. Rodrigo Caio o único selecionável, viu sua vaga ser tomada merecidamente por Geromel do Grêmio e a torcida se contenta com o “anti-herói” Cueva, do Peru, para ver um de seus jogadores no torneio.

Talvez se Hernanes ainda jogasse no São Paulo ele estaria na lista, e quem sabe se o Grêmio não tivesse ganho aquela Libertadores, Rodrigo Caio poderia estar entre os 23, não tenho certeza, a única certeza que tenho é que o São Paulo precisa ser mais do que é hoje, pode ficar 10 copas sem levar um jogador sequer, mas o que falta é ter prestígio no cenário novamente, e que jogadores da Ucrânia e da China fiquem atrás de Tricolores na prioridade de escolha.

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