E se Diego Souza tivesse ido para o Vasco?

Contratado por cerca de R$10 milhões no final de 2017, Diego Souza chegou ao São Paulo para cumprir uma função que o treinador da Seleção Brasileira, Tite, a de centroavante. Na época, haviam diversas críticas sobre o fato, tendo em vista que Diego Souza sempre se destacou fazendo a função de camisa 10 ou, por muitas vezes, a de segundo volante que, por sinal, foi sua função de origem no futebol.

Ainda sob o comando de Dorival Júnior, Diego Souza pouco produzia, bem como o time todo. Com isso, a bola mal chegava em seus pés e, quando chegava, estava inapta para ser mandada para o gol. Aos poucos, Diego Souza foi perdendo prestígio com a torcida e, aparentemente, ele perdia a vontade de ficar no São Paulo.

Naquela época (início de 2018), o São Paulo ainda parecia carregar as marcas da péssima campanha vivida em 2017, ano em que brigamos pra fugir do rebaixamento. Por esta carga, a torcida ainda não tinha confiança na equipe, não como temos hoje, pelo menos. Tal fato fazia com que os jogadores tivessem pouca paciência dos torcedores, ainda mais os recém contratados, já que até Nenê já estava sendo criticado, inclusive com gente o chamando de velho aposentado.

Para se ter uma ideia, nem o goleiro Sidão era tão criticado quanto os dois, ou Diego Souza em específico, já que, por sua função, era mais cobrado que outros.

Na reta final da passagem de Dorival Júnior no comando do Tricolor, mais a chegada de Diego Aguirre, Diego Souza estava sem prestígio algum no São Paulo, sendo, inclusive, excluído de algumas listas de relacionados para as partidas. A mais sintomática foi na segunda rodada do Brasileiro, quando o São Paulo empatou com o Ceará, fora de casa. Na ocasião, haviam fortes indícios de um interesse do Vasco da Gama em contar com Diego Souza por empréstimo e, curiosamente, Diego Souza não foi relacionado pelo São Paulo contra o Ceará, o que elevou ainda mais os indícios de uma transferência.

Porém, nada aconteceu. Raí, ainda por cima, dizia aos ventos que iria recuperar Diego Souza, já que o jogador foi uma das contratações de peso para a temporada e, por isso, o São Paulo não podia simplesmente se entregar ao baixo rendimento do camisa 9 e simplesmente deixá-lo ir embora. Somada à vontade de Raí, estava a promessa de Diego Aguirre que, quando chegou ao São Paulo, garantiu que recuperaria Diego Souza, assim o fez.

A recuperação

Claro, o time inteiro do São Paulo mudou muito com a chegada de Diego Aguirre, e não foi apenas nas escalações, não. O time tem outra mentalidade, outra atitude. Tem cara de time vencedor (apesar de ainda esbarrar nas limitações do elenco). Além do mais, Diego Souza contribui muito mais além de seus gols, contribui fora de campo também. É um líder natural, um cara que chama a responsabilidade, um jogador que ensina os mais jovens. Vale lembrar que a contratação de Éverton Felipe junto ao Sport teve a chancela de Diego Souza, por mais que ele negue. O nosso camisa 9 rasgou elogios sobre o nosso atual camisa 18, ajudando muito na contratação do jovem meia-atacante.

Logo que foi possível notar a melhora de Diego Souza, notou-se também o “fechamento” do elenco como um todo. Foi aí que o São Paulo mostrou sua cara, foi quando percebemos que temos sim a chance de sermos campeões.

A Copa do Mundo, pela primeira vez em muitos anos, acabou sendo benéfica para o São Paulo. Raí & cia. fizeram um trabalho excelente nesta pausa e prepararam um elenco e um ambiente digno de São Paulo Futebol Clube (com algumas ressalvas, claro).

Hoje, Diego Souza vem jogando muito bem e até salvando o São Paulo em algumas partidas. Mas e se ele tivesse ido para o Vasco?

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