Espaço do Torcedor – O torcedor do São Paulo tem sua parcela de culpa

Espaço do Torcedor é a coluna quase que diária do Arquibancada Tricolor, que dá voz a todos os torcedores da arquibancada. Quer ver seu texto publicado aqui? Mande uma mensagem para nós!

O torcedor tem sido, na maioria das vezes, exemplar. Sempre lotando o Morumbi e acompanhando o São Paulo onde quer que seja.

Em 2017, não caímos no Brasileirão pela força da torcida. O jogador nada em dinheiro enquanto o torcedor toma sol, frio e chuva para apoiá-lo. Só que precisamos refletir se também estamos errando. E eu os convido agora para essa reflexão de três casos muito específicos que, talvez, se tivéssemos feito diferente teríamos um resultado mais positivo. É importante pontuar: Leco e sua corja são os maiores responsáveis por todo mal ao Tricolor.

Você acredita que a rotatividade de comissões técnicas é prejudicial ao elenco em termos de padrão tático e, categoricamente, a falta de sequência para o treinador é injusta? Se a resposta for não, peço, humildemente, pare de ler o texto por aqui mesmo.
Se acredita que sequência é fundamental para ambos, vamos combinar um exercício simples; pode responder pro seu subconsciente alguns pontos que serão colocados. Responda com, ”eu fiz isso”, ”eu conheço um são-paulino que fez isso”, ou simplesmente, ”não fiz isso e desconheço esse fato”. 

Bauza chegou ao São Paulo em 2016. Com o propósito de injetar competitividade nos jogadores. Sem negociar ”entrega”, ele ajustou o time defensivamente e chegou à semi-final da Libertadores. Perdemos pro Atlético Nacional e fomos eliminados. Você pediu a saída de Bauza?

Rogério Ceni chegou ao São Paulo em 2017. Toda expectativa girava em torno do ótimo futebol ofensivo que o time apresentava. A média de gols por jogo era acima da média. A defesa aos poucos mostrava evolução. Ceni perdeu importantes peças e o time caiu de produção. Você pediu a saída de Rogério? 

Aguirre chegou ao São Paulo em 2018. Com o mesmo propósito para que veio Bauza; correspondeu. O time tinha pegada, tinha padrão de jogo. Liderou por algumas rodadas o Campeonato Brasileiro e encheu-nos de esperança pelo título. Até que as coisas começaram a não andar mais da mesma forma e o time caiu de produção. Muitos garantem que, principalmente, por conta de ”penelas”. Você pediu a saída de Aguirre?

O torcedor sempre agirá primeiro com o coração, e ninguém julga errado. Torcedor é isso. É sentimento. Todos ficamos irritados com uma escalação que julguemos errada ou uma substituição mal feita. Mas passaremos a contribuir ainda mais para o bom desenvolvimento do São Paulo quando entendermos que estamos cobrando como maiores responsáveis os homens errados. E, principalmente, nos atentarmos para algo que tem sido corriqueiro: nossa gestão não tem gerido profissionalmente e, em muitos casos, cede à pressão das arquibancadas.

Como foram suas respostas? Nas minhas, sempre vi inúmeros torcedores pedindo a cabeça desses treinadores citados. E há um consenso nesses casos; o desfecho melancólico para todos nós.

Bauza saiu e o São Paulo correu risco de rebaixamento
Rogério Ceni saiu e o São Paulo correu risco de rebaixamento.
Aguirre saiu e o São Paulo que estava no G-4 do Campeonato Brasileiro, acabou fora. Resultando em uma disputa de Pré-Libertadores que foi o um dos maiores vexames da nossa história – alguém duvida que teríamos mais chance de passar do Talleres com o time treinador por ele?

Temos que nos conscientizar, o São Paulo precisa de mais profissionalismo nas decisões e não é com nervos à flor da pele que isso acontecerá. A chance de dar errado é sempre grande. Se pensarmos duas vezes e trocarmos o ”burro” destinado ao treinador, por uma cobrança ao chefe dele seremos mais justos. E isso, em 99% dos casos – Quem o contratou? Quem deu o elenco? Quem vai mandá-lo sem permitir que corrija o erro? Pois é. E isso não é sobre isentar treinador de culpa, é ele quem escala mal, mas é sobre pensarmos fora da caixa; sem sequência não há chance de mostrar incompetência. 


Paolo Ricardo, 20 anos, paulistano. Estudante de Relações Públicas. Mas antes de tudo, são-paulino de alma e coração. Que tem como segunda casa o sacrossanto Morumbi.

*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site

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