Em jogos da seleção brasileira, especialmente nesta Copa do Mundo, vemos as reações e resgate (válido) do vínculo de alguns jogadores com o São Paulo e suas origens em Cotia.
É o caso de Antony, Militão, Casemiro e outros da base ou que já atuaram pelo Tricolor, e foram convocados em diversos momentos.
Coincidentemente, muitos desses jogadores foram muito criticados quando atuavam pelo São Paulo no passado e isso me fez pensar neste texto opinativo aqui, onde escrevo sobre o camisa 5 da seleção brasileira, Casemiro.
A saga de Casemiro
O volante tinha grande destaque na base, sendo campeão de vários torneios, incluindo o mundial sub-17, e subiu para o profissional em 2010, promovido pelo técnico Ricardo Gomes.
Um episódio que passa esquecido por muitos torcedores, é que Casemiro rompeu com seu empresário na época, o mesmo do meia Oscar, que orientou seus jogadores a entrarem na justiça contra o São Paulo.
Com altos e baixos dentro de campo, Casemiro foi campeão da Copa Sul-Americana de 2012 e fez 111 jogos, marcando 11 gols até janeiro de 2013, quando foi negociado com o Real Madrid.
O próprio jogador admitiu em entrevistas, que havia perdido o foco e que entendia as críticas da época. E é justamente isso o que me motivou a escrever esse texto.
Lembrar e exaltar atletas vindos da base em Cotia, somente nos momentos bons, é um oportunismo barato se o tratamento é diferente com outros que atuam hoje.
A crítica construtiva é válida, ódio gratuito não.
Quantos jogadores vindos da base do São Paulo já não foram perseguidos e rotulados como fracassados nesses últimos anos?
É claro que as críticas a atuações e desempenho em campo precisam e devem ser feitas sempre. Isso ajuda até os próprios jogadores a evoluir, porém, muita gente ultrapassa o limite, apelando para a ofensa pessoal (muitas vezes até com a família) e rotulam jogadores.
Os atletas de Cotia não são responsáveis pelo jejum de títulos e problemas que o clube tem há anos, mas são culpados por muitos torcedores, como vilões por tudo.
Esquecem que muitas vezes, foram esses atletas de Cotia que salvaram importantes resultados do time na temporada.
Muitos deles são colocados em situações extremas para resolver, e sem experiência para tal. Se pensarmos no elenco atual, podemos citar Pablo Maia e Rodrigo Nestor, como jogadores que são úteis, vão oscilar, mas são rotulados como derrotados e inúteis para o clube.
Perseguir, rotular como derrotados e ofender mesmo quando jogam bem, não é inteligente.
O tempo, muitas vezes dá respostas, como foi com Casemiro e Antony, em exemplos mais bem sucedidos ou Gabriel Sara, que hoje começa a construir sua história na Europa.
O foco das críticas é outro, mas preferem fazer o mais fácil.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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