Os Menudos do Morumbi. Que saudades!

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Amigos tricolores.

No último domingo, vendo meu Twitter me deparei com uma imagem do grande Pita. Na hora, me lembrei da enorme gafe que cometi uma vez em um evento. Meu amigo Sr. Homero Bellintani estava promovendo um evento na Tribuna dos Conselheiros e me chamou. No meio da confusão, ele me apresentou a uma pessoa e disse que queria me cumprimentar pelo lançamento do livro do Telê Santana. Eu, solicito, fui até a pessoa, cumprimentei e, humildemente, perguntei seu nome pois não o reconheci. Era ninguém menos que um dos mais geniais camisas 10 que o São Paulo já teve: Pita. Bem, com essas memórias à tona, não teve como não ficar sentado no sofá, olhando pela janela e lembrando daquele, que para mim, foi o melhor time que o São Paulo já teve, time tão forte, que Falcão, o Rei de Roma e genial jogador era banco! (Passado o momento brincadeira, as contusões do volante o fizeram ser banco e não porque “Bernardão” jogava mais)

Defesa!

O São Paulo tem um histórico de defesas sólidas. Estamos vendo agora com Arboleda e Bruno Alves, vimos em outros tempos com Lugano, Fabão e Edcarlos, pouco depois com Miranda, André Dias e Alex Silva. Já tivemos Antonio Carlos e Ronaldão, Adilson e Ronaldão na época de Telê Santana. O passado é muito mais positivo do que negativo. Poderia ainda citar Roberto Dias, mas o artigo ficaria longo demais, entretanto, os Menudos do Morumbi tinham Oscar e Dario Pereyra. Não deixem que fale o contrário, essa foi a maior dupla de defesas de um time no Brasil. Nenhum time teve uma defesa como essa. Muitos podem ter tido defesas sólidas e boas, que se aproximavam, mas igual, jamais!

Goleiro

Gilmar era o nosso goleiro na época. Foi um dos 10 maiores goleiros que o São Paulo teve, sem dúvida, mas abaixo do seu antecessor Waldir Peres e mais abaixo ainda dos seus sucessores Zetti e Rogério Ceni, porém, enfatizo, Gilmar era um grande goleiro e dava a estabilidade necessária para a defesa.

Laterais

Zé Teodoro pela direita. Nelsinho pela esquerda. A torcida que acha que Reinaldo é bom jogador, não viu Nelsinho jogar com o manto tricolor. Enquanto Reinaldo for o melhor jogador do São Paulo, esqueçam títulos. Zé Teodoro, por outro lado, era uma precisão como poucos no cruzamento, rápido e habilidoso. Cafu e Cicinho, seus sucessores, melhores, mas Zé não comprometia.

Meio de campo

Aqui, era até brincadeira falar: Bernardo, Silas e Pita.  Bernardo, volante alto e forte, fisicamente parecido com Jucilei, mas jogava mais bola. Silas era um meia direita habilidoso com excelente visão de jogo, que fazia uma excelente dupla com Pita. Ambos eram responsáveis por enfiar as bolas para poderoso ataque tricolor

Ataque

Muller, Careca e Sidney, Vamos falar de Sidney. Ponta esquerda habilidoso e com muita raça. Era difícil parar apenas na bola. Muller, era um ponta ainda mais rápido e habilidoso, dono de uma inteligência fora do comum no futebol. Depois, migrou para ser um “garçom” e mostrou como sempre foi genial. E o que falar de Careca? O melhor camisa 9 que o São Paulo já teve. Centroavante raiz de altíssima qualidade.

Técnico

Cilinho. Soube como poucos organizar a cabeça da molecada. Mesclar de tudo um pouco. Dos mais experientes como Gilmar, que vinha da titularidade do Internacional de Porto Alegre e Pita camisa 10 do Santos, com a chegada de um estrangeiro, que veio como camisa 10 e se tornou um monstro com a 4, o uruguaio Dario Pereyra. Mesclar com Oscar, que veio dos EUA e na sua bagagem a titularidade da Copa do Mundo de 1982, a maior seleção que já disputou o torneio – até hoje – com a base que vinha forte com Muller, Silas, Sidney.

Gilmar
Zé Teodoro, Oscar, Dario Pereyra e Nelsinho
Bernardo, Silas e Pita
Muller, Careca e Sidney

Tricolores de verdade sabem, hoje, a escalão desse time de cabeça!


Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br

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Foto: Revista Placar

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