Por Gabriel Milani – via e-mail
Era mágico, quando se ouvia um “Hoje tem São Paulo”. Nossos corações se enchiam de alegria, nosso entusiasmo vinha à tona e a ansiedade tomava conta, pois sabíamos que era vitória certa! Pegávamos nosso manto, nossas bandeiras, faixas e demais adereços… íamos ao Morumbi, quem não podia reunia os amigos, a família e compartilhava a emoção de torcer para o maior time de futebol do Brasil, época gloriosa e cheia de conquistas, tudo às mil maravilhas.
Quando se olha para esse coração de cinco pontas vermelho, branco e preto, percebe-se um algo a mais imenso. Quando se veste essa camisa sente-se o peso e a felicidade te ter herdado o sentimento ou feito a escolha de torcer para o gigante mundialmente conhecido, o clube que três vezes atravessou o continente, enfrentou o mundo e o conquistou. Quando se conhece a história de todos os pilares que formaram esse olimpo chamado São Paulo Futebol Clube é natural maravilhar-se com tamanha grandeza e tamanho sentimento, porém ao olhar para o momento (que atualmente já dura seis anos) tudo isso se transforma unicamente, em frustração. Estamos cansados de apenas comemorar classificações, vaga para torneio maior, derrota do rival… e não poder gritar “É CAMPEÃO”!
Para nós, Campeonato Paulista deveria ser um torneio para treinamento, fácil, “fichinha”… esse time deveria ser uma máquina imbatível, que conquista tudo, derrotas deveriam ser raras e glórias, um costume. Quem é torcedor há mais tempo, quem conhece a trajetória com mais profundidade, deve estar se perguntando “o que fizeram com o meu São Paulo”?
Jogadores que são ídolos e honraram nossas cores hoje olham para o atleta que veste a camisa que um dia foi sua, sentem uma tristeza profunda… e com isso quem sofre mais, somos nós, que fazemos de tudo, gastamos tempo e dinheiro, e fazemos tudo apenas por amor. Os torcedores.
- A culpa é do técnico (Que nos ‘últimos momentos’ já foram 11)?
- Da gestão (Que vê o SPFC como uma fonte de lucro e não time de futebol)?
- Dos atuais atletas (Que recebem muito e correspondem pouco)?
- Nossa (Que segundo eles, devemos apenas apoiar e não cobrar quando necessário)?
Queremos que os erros venham à tona e sejam corrigidos, queremos que os atletas joguem por amor, queremos que nossas joias da base não sejam vistas apenas como um “cifrão”, queremos que nossa imensa sala de troféus necessite de mais prateleiras. Queremos ver nossa flâmula tremulando nos altos pontos do mundo, como antes era de costume. Queremos voltar a ser o que éramos… e não apenas dizer que nossas glórias vêm do passado.
Salvem o Tricolor Paulista!
