São Paulo Futebol Clube: ano 2017/modelo 2018

Por Fernando Michelutti – Papo de Arquibancada

É isso mesmo torcedor São Paulino: se nosso amado São Paulo Futebol Clube hoje fosse um automóvel, ele seria ano 2017/modelo 2018.

Explico: se você já vendeu ou comprou um carro, não importa se zero km ou usado, o feliz proprietário (pagando o carro mais carro do mundo, além do IPVA, seguro e combustível que também são exorbitantes, diga se de passagem… rs) deve ficar atento ao ano/modelo pois é essa informação que determina o preço do carro. Por exemplo, se um carro foi fabricado em 2000, mas o modelo dele é 2001, na hora de vender o veículo, o preço tem de ser baseado no modelo, que é 2001.

As montadoras geralmente começam a comercializar seus carros 0km com modelo 1 ano à frente no segundo semestre do ano corrente. Ou seja, veículos fabricados no ano passado: 2017,  já saiam com as “atualizações” dos modelos 2018.

Ou seja, na teoria é um “novo modelo” mas na prática “é tudo mais do mesmo”!

Entendeu agora a comparação?

Viramos o ano e nada mudou, infelizmente.

Algum incauto pode dizer:

– “Calma lá! São apenas dois jogos. O time precisa de um entrosamento e melhor preparo físico.”

– “Dorival Júnior precisa de tempo para trabalhar e acertar o time.”

Essas desculpas não colam mais. Ouvimos isso desde 2013, e eu explico:

1) Não se faz omelete sem ovos. Foi se o tempo que apenas raça e vontade decidiam campeonatos. Hoje temos alguns bons nomes no elenco: Rodrigo Caio, Arboleda, Jucilei, Petros, Cueva, Diego Souza: todos níveis de seleção de seus países porém só isso é pouco. “Carniças” como: Bruno, Jr. Tavares, Lucas Fernandes, Thomas, Marcos Guilherme e etc não dão sustentabilidade para o São Paulo ser favorito a nada!  Só um milagre, como aconteceu com o Grêmio de 2017, onde vários refugos juntos deram a famosa “liga”, nos salvaria de mais um ano ruim. Porém com os bastidores do Tricolor hoje em dia, isso é impossível!

2) Dorival Júnior é fraco. Não tem um trabalho digno exceto os que fez no Santos. Foram demissões e mais demissões vexatórias. Sua invencionisse de jogar com dois pontas abertos, insistindo hora em Marcos Guilherme, hora em Lucas Fernandes – ou qualquer outro jogador que saiba apenas correr, ambos abertos pelas beiradas do gramado, já deu! Como disse acima, não se faz omeletes sem ovos e nem sem um cozinheiro! Ele mesmo já está “traindo” suas convicções de pré temporada, vide a entrada de Diego Souza e Cueva no último jogo. Estava claro que ambos não deviam jogar porém quando a água subiu ao pescoço, foi pro famoso “bumba meu boi”! E amigo, estamos apenas no segundo jogo da temporada. Imagina no clássico daqui há 1 semana? Ou quando for eliminado em um mata mata?

Os protestos da torcida continuam os mesmos. O elenco continua limitado com os mesmos nomes. As promessas de reforços são as mesmas. Os dirigentes (que mandam!) continuam os mesmos. E obviamente a falta de paciência da torcida, que vem salvando o time ano a ano do rebaixamento, também é a mesma.

Esse é o São Paulo ano 2017 /modelo 2018: Lutando apenas pelo título de “nunca fui rebaixado”!

Um abraço,

Fernando Michelutti.

Ps. Oxalá que eu possa chegar em Dezembro de 2018 sendo escrachado por vocês caros leitores, zombando das minhas errôneas previsões aqui desse post e com o Tricolor mais querido do mundo sendo campeão. A verdade é que esse blogueiro nunca teve tanta vontade de queimar a língua como dessa vez!

* A opinião do colunista não reflete a opinião do site

Compartilhe esta notícia