Resultados, futebol consistente, poucas lesões, Covid-19 sob controle e muita entrega. O atual elenco trouxe de volta nossas esperanças
Nós, torcedores, independentemente de formação, região ou qualquer outra característica pessoal, somos apaixonados. E a paixão (não apenas a pelo São Paulo), tende a nos tirar do chão, alterar nosso nível de julgamento. Com toques de competência, insistência, adaptações e acaso, o atual São Paulo calou a boca de 80% dos seus torcedores (inclusive a minha).
Mas será que nosso julgamento estava correto anteriormente? Será que as dolorosas derrotas e eliminações não foram muito aumentadas por conta do nosso vergonhoso histórico recente?
Sejam quais forem as respostas de cada um dos quase 20 milhões de são-paulinos, há fatos a reconhecer: estamos na fase final do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, com chances de título em ambos. Temos um estilo de jogo definido, ousado, jogadores fechados com o técnico e uma mudança importante em relação aos últimos anos: um trabalho primoroso do Departamento Médico.
Em um ano marcado pela pandemia da Covid-19, o Tricolor praticamente não teve casos no elenco. As contusões musculares, antes tão frequentes, hoje são raras. E mais: após uma atuação irregular e derrota no jogo de ida da semifinais da Copa do Brasil contra o Grêmio, não estamos cabisbaixos. Enfrentamos os caras e não ganhamos por erros nossos. Tudo aberto para a volta no Morumbi.
Somos líderes do Brasileirão. Tem jogo hoje contra o Fluminense e apesar da derrota de quarta, não há derrotismo no ar. Enfim, ainda que ocorra a catástrofe de não levarmos nenhum dos dois títulos, é preciso reconhecer o bom trabalho de Fernando Diniz, dos atletas e demais envolvidos. Isso não significa que não houve erros anteriores, porém, a rota foi corrigida. Em vez de jogar tudo no lixo (como até eu mesmo quis), as circunstâncias fizeram com que o São Paulo consertasse.
Temos ainda mais motivos para torcer nessas difíceis fases finais: é justo que esse time, tão criticado por nós, tenha ao menos um quadro pendurado no CT.
Anderson Dias
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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