Ser gigante, isso sim é coisa do São Paulo

Foto: Marcelo Hazan

Uma eliminação sempre vem acompanhada de um sentimento desagradável, amargo e difícil de digerir, ainda mais se ela acontece devido à derrota para um grande rival. O São Paulo sair na semifinal do Paulista após ter feito um bom jogo em casa, controlando a partida no campo do adversário e tomar gol nos acréscimos é de acabar com todos os ânimos que reuníamos nos últimos tempos.

Todavia, essa eliminação em específico, diferente de todas as outras colecionadas no decorrer do ano passado, tem um caráter de aprendizado que supera até mesmo a frustração, porque mais do que perder jogos, o torcedor do São Paulo não aguentava mais perder a credibilidade, percebendo a apatia em seus jogadores de uma maneira tão clara que transparece em anos sem a conquista de títulos. E ver que finalmente é possível se reconhecer um time que começa a mostrar traços de uma boa estrutura, já é algo a ser reconsiderado.

Em pouco tempo de trabalho, Aguirre já consegue, juntamente com Jardine, dar uma outra cara ao elenco, que nem parece o mesmo time apático de alguns jogos anteriores. Isso não pode e nem deve ser motivo de empolgação, porque é apenas o começo de uma longa trajetória, mas, também não deve ser ignorado o fato de que o posicionamento é outro.

O importante é entender que agora é a hora de demonstrar força e personalidade, afinal, temos uma sequência de jogos cruciais para a continuidade do ano do Tricolor com Copa do Brasil, Sul-Americana e o início do Brasileirão. São campeonatos que precisam ser vistos como oportunidades únicas para a retomada de um caminho de vitórias. E para que este processo resulte em algo positivo, é preciso dedicação da diretoria em cobrir as peças que faltam no elenco, principalmente, nas laterais e no ataque, para que possamos almejar coisas grandes.

Importante ressaltar que alguns jogadores vêm aparecendo como peças efetivas no time, o garoto Liziero, por exemplo, entrou e tomou conta do meio de campo, Valdívia, que agora está machucado, vinha tendo grandes atuações, Nenê, que além de ser um jogador de qualidade, tem comprometimento e demonstra muita vontade.

Enfim, são todas experiências a serem agregadas ao montante do retrospecto vivido pelo clube, um time que traz em sua história três títulos de melhor do mundo, isso não é desculpa para patinar em má fase, no entanto, é um fato que não pode cair no esquecimento, e faz do São Paulo gigante, independente do momento em que vive, já que ser o clube brasileiro com mais títulos internacionais é coisa do São Paulo, ser hexa brasileiro é coisa do São Paulo, ter goleiro artilheiro é coisa do São Paulo, nunca ter sido rebaixado é coisa do São Paulo e apoiar em todo e qualquer momento é coisa da torcida do São Paulo.

Orgulhe-se de ser são-paulino, você tem história e isso ninguém apaga e jamais pode desmerecer. Mas e o futuro? A expectativa é para que seja promissor, colocando o São Paulo no lugar que ele merece estar, no topo. Contudo, uma coisa podemos garantir, apoio nunca vai faltar, podemos estar cansados, tristes e revoltados por certo tempo e, muitas vezes, irados com aqueles que eram para impulsionar o nosso time, porém focam em seus interesses próprios, mas o amor pelo São Paulo Futebol Clube supera qualquer sentimento e qualquer circunstância.

Por Vanessa Dias

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