No início da temporada, o São Paulo parecia brindar os adeptos do futebol feminino do clube com expectativas consideráveis. Houve transmissão ao vivo no canal oficial do clube para o anúncio dos diversos reforços, que teriam o condão de agregar ao elenco então campeão da Ladies Cup – o que era o indício de um maior investimento no esporte.
Contudo, os resultados não vieram e, neste fim de 2022, o Tricolor evidencia uma turbulência na gestão, consubstanciada por ruídos demasiados que expõem um temeroso momento.
Mesmo perdendo a artilheira Glaucia Cristiano por lesão – ela passou por uma intervenção cirúrgica no joelho direito -, o Tricolor demonstrava força. Quase um time inteiro, com nomes consagrados, foi apresentado para o novo período: Michelle (goleira), Fe Palermo (lateral), Cacau (atacante), Maglia (meia-campista), Pardal (zagueira), Mimi (zagueira), Serrana (meia), Thayslaine (atacante), Rafa Travalão (meia) e Shashá (atacante). As eliminações no Brasileirão, novamente para o Inter, na Brasil Ladies Cup, na primeira fase, e no Paulistão, para o Santos, acabaram com as pretensões do clube.
Nessa toada, foi anunciado o desligamento de Lucas Piccinato do comando técnico do São Paulo. Além dele, a zagueira Thaís Regina, um dos destaques e com convocação para a Seleção Brasileira de Pia Sundhage, saiu do clube rumo ao Flamengo. Agora, tem-se notícia de que a diretoria estaria a cobrar uniformes das jogadoras, com o desiderato improvável de que precisaria para sorteios. Tal atitude foi criticada pela ídolo Formiga, que recentemente também deixou o Tricolor, em suas redes sociais.
Confira abaixo.
Infelizmente, tais situações denotam que as expectativas do início de 2022, para além da frustração, podem estar se transformando em um possível encerramento de ciclo. O que é lamentável para uma agremiação do tamanho do São Paulo Futebol Clube, que tem farta história no futebol feminino e deveria conduzir com mais seriedade esse segmento – já tão preterido e sem a devida exposição.
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