16 anos do tri – Relembre como foi a conquista da América

Tricolor fez uma grande campanha e conquistou a taça contra o Atlético-PR em um Morumbi com mais de 60 mil pessoas

O São Paulo comemora na próxima sexta-feira o aniversário de 16 anos da conquista da Copa Libertadores da América de 2005. O time fez uma grande campanha e terminou a competição com 9 vitórias, 4 empates e apenas uma derrota (em jogo que o time abriu 4 gols de vantagem no Morumbi).

E para comemorar o título, o Tricolor fez um especial de 16 anos. E o primeiro nome a contar sobre aquela conquista da América foi o volante Renan.

“Eu morei aqui (no morumbi). Aqui foi minha casa. Eu até brincava que aqui era o quintal da minha casa. É a primeira coisa que vem na minha mente e todas as emoções e vitórias que tive aqui. Principalmente da Libertadores, com o estádio lotado, aquela festa da chegada do ônibus do time”.

O jogador atuou em 79 jogos com a camisa do Tricolor entre 2004 e 2005 e sempre se mostrou um torcedor apaixonado. Ele chegou a ser demitido da Portuguesa por ir a um jogo do São Paulo no Morumbi em 2016.

“O São Paulo foi meu primeiro clube. Depois disso joguei por mais de 10 clubes, mas sou conhecido como Renan do São Paulo. Meu primeiro jogo no profissional foi contra o Cruzeiro no Mineirão e o primeiro como titular e no Morumbi foi contra o Corinthians. Com a ajuda dos meus companheiros eu consegui ir muito bem no jogo. Depois disso, tive que comprar carro já que não podia vir treinar de trem”.

Renan deixou o São Paulo em 2006 para defender o Juventude. Depois o jogador foi para Portugal onde defendeu o Vitória de Guimarães por dois anos. Na volta ao Brasil ele defendeu Atlético-PR, Sport e Linense entre 2011 e 2014. Depois do time do interior ele voltou a Portugal onde teve rápida passagem pelo Académico de Viseu. No retorno ao Brasil ele atuou por: São Bento, Portuguesa, Tupi, Joinville e terminou a carreira em 2019 no Central.

16 anos do tri - Relembre como foi a conquista da América
Fellipe Lucena

“O São Paulo naquele período não tava tão bem assim. Sabíamos que tínhamos um time forte. No começo do Paulistão nossa performance foi muito boa. Porém, após o título perdemos o Leão para o Japão. Mas no seu lugar chegou Paulo Autuori que é um profissional fora da curva, principalmente na gestão de pessoas. E já no primeiro mata-mata onde vencemos o Palmeiras no Parque Antártica e no Morumbi eu já percebi que viria o terceiro título da Libertadores”.

O jogador que tinha um futebol mais de marcação foi reserva na competição mas atuou com frequência na competição e na partida contra o River Plate foi titular substituindo Cicinho (com uma alteração tática de Autuori).

“Pra mim o jogo do título foi contra o River Plate, porque eu era muito novo com pouca experiência no profissional. E minha missão naquele jogo era marcar o Gallardo. Eu fiquei sabendo que iria jogar três noites antes da partida e essas noites que antecederam o jogo eu não dormi pensando no Gallardo. Eu brinco que apenas duas coisas me tiraram o sono: meus filhos e o Gallardo”.

O clima no time é destacado por todos os jogadores como um dos fatores primordiais e com Renan não foi diferente. O jogador lembrou também da chegada de Amoroso para a fase final da Libertadores da América.

“O Amoroso foi a cereja do bolo. Foi o melhor jogador que eu atuei junto. No primeiro treino dele eu pensei que não merecia jogar com ele. Ele era fora do normal, visão de jogo, qualidade técnica. Você nunca recebia um passe quadrado dele. O São Paulo nunca havia ganho na Argentina e ele já fez gol e assistência”.

Renan venceu seus únicos três títulos naquela temporada e como torcedor ele fala com orgulho sobre as conquistas que a equipe teve.

“Olha quantos anos que o São Paulo tem e outros clubes do Brasil. E quem mais tem somos nós. Pode ter a mesma quantidade, mas mais não. O que eu mais tenho de prazer é vir ao estádio ver os jogos do time. Infelizmente com a pandemia não podemos estar aqui, mas logo poderemos voltar. E com certeza, eu estive mais lá em cima do que aqui”.

O jogador acredita que o time de Crespo pode voltar a brilhar na competição. Segundo ele a sinergia entre São Paulo e Libertadores é diferente.

“Quando entra na Libertadores da América a chave e a motivação muda. O São Paulo com Libertadores é um negócio difícil de explicar. É unha e carne. Então tenho confiança que o time possa ir longe na Libertadores. Diferente do que foi a nossa, a final vai ser em jogo único. Mas o São Paulo tem condições com o grande trabalho do Crespo, e acredito que a gente possa chegar ao quarto título de Libertadores”.

Comentários estão fechados.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você concorda com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceitar Ler mais