Caminho do Tri-Hexa: vitória no Choque-Rei

No dia 13 de julho de 2008 (domingo), foi realizado o clássico Choque – Rei entre São Paulo e Palmeiras, no estádio do Morumbi, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. A conquista dos três pontos era fundamental ao Tricolor no andamento do torneio, principalmente após dois resultados ruins nas rodadas anteriores. O adversário deste confronto, estava entalado na garganta, já que o rival eliminou o São Paulo na semifinal do Paulista da mesma temporada.

Jogo

O técnico Muricy Ramalho realizou duas mudanças nos onze titulares em relação ao último jogo, além de modificar o sistema tático do 3-5-2 para o 4-4-2.

A primeira foi na defesa: o zagueiro Miranda por lesão desfalcou a equipe. Porém o Tricolor contou com a volta de Alex Silva após suspensão. O camisa 4 atuou ao lado de André Dias no sistema defensivo. A segunda mudança foi no ataque: o veloz Dagoberto entrou no lugar de Aloísio e fez dupla de ataque com Borges.

Pelo outro lado, Vanderlei Luxemburgo colocou o melhor time para enfrentar o nosso Tricolor, com um meio e ataque bem forte com Diego Souza, Valdívia, Kléber e Alex Mineiro. Promessa de um clássico equilibrado!

Primeiro tempo com o Tricolor agressivo

A mudança na equipe titular e no esquema tático do São Paulo foi necessária para mudar a postura no campo. Principalmente com entrada de Dagoberto que deu mais profundidade na parte ofensiva. Além disso, o plano de jogo de Muricy propôs o jogo com uma linha mais adiantada e consequentemente pela característica de seus atletas, impôs uma marcação forte no meio-campo e leve na transição com o ataque.

Aos 7 minutos, após cobrança de escanteio, a zaga afastou e após a recuperação de Richarlyson no meio campo, o volante toca para Hernanes que realiza um belo lançamento à Jorge Wagner. O ala avançou no lado direito do ataque nas costas da defesa do Palmeiras e cruzou rasteiro em direção ao zagueiro André Dias; e como um camisa nove, chegou rápido e empurrou para o fundo do gol, abrindo o placar no clássico!

Mesmo com o quarteto titular, o time palestrino teve muitas dificuldades para armar as jogadas ofensivas. Mérito da boa marcação da zaga são-paulina.

Somente aos 37’, o atacante Alex Mineiro recebeu na entrada da área no lado esquerdo, cortou para dentro e finalizou para o M1TO espalmar a gorduchinha.

Final da primeira etapa com o Tricolor melhor no jogo e na frente do placar.

Segunda etapa equilibrada com o São Paulo eficiente

São Paulo e Palmeiras trocaram lances de perigo na segunda etapa. O Palmeiras com Kléber logo aos 3 minutos, em uma finalização cruzada rente à trave Tricolor. Aos 8’ foi a vez do Tricolor responder com Dagoberto, mas a bola saiu por cima do gol palmeirense.

O técnico Vanderlei Luxemburgo fez suas três alterações para deixar o time mais ofensivo, entretanto ficou mais exposto na defesa.

Pelo outro lado, com a vantagem, Muricy impôs uma estratégia durante o duelo. Ficou mais atrás e jogava no erro do visitante. Mesmo que durante a etapa final, tivesse que realizar uma substituição forçada. Pelo fato, de Borges sair do jogo por lesão e Aloísio entrar em seu lugar. Fez o seus comandados segurarem o placar e com inteligência, aproveitar o espaço deixado pelo rival.

Mas, o que marca no time do São Paulo é sua eficiência. Aos 38’, saiu o gol são-paulino com Eder Luís. Após bela tabela com Jorge Wagner, o atacante que havia acabado de entrar no lugar de Dagoberto, com um toque, livrou-se de dois marcadores e deixou o camisa 7 sozinho pela direita e recebeu novamente a assistência de volta para finalizar e contar com o desvio no zagueiro para enganar o goleiro Marcos.

Nos descontos, aos 47’, o Palmeiras diminuiu com o zagueiro Jéci. Em cobrança de escanteio, o zagueiro testou direto para o fundo da meta. Porém, não impediu a importante e merecida vitória do São Paulo pelo placar de 2 a 1.

Com o êxito, o esquadrão são-paulino chegou aos 17 pontos e se aproximou do G4.

Você se lembra dele?

O atacante Kléber que nesta partida atuou pelo Palmeiras, já defendeu as cores do São Paulo. O atleta foi revelado pelo o clube no começo do século e integrou o elenco que conquistou a Copa São Paulo de 2000. Na temporada de 2003, o jogador chegou aos profissionais e se destacou no Tricolor, principalmente no Campeonato Brasileiro daquela edição. Ao final do ano, foi negociado com o Dínamo de Kiev- UCR pelo valor pago na época, por 2,2 milhões de dólares (6 milhões de reais).

Com a camisa tricolor, o futebolista realizou 45 jogos e marcou 10 gols. Atualmente, com 36 anos, defende a equipe norte-americana Austin Bold localizada em Austin no estado do Texas – EUA.  

Ficha Técnica

São Paulo 2 x 1 Palmeiras – 11ª Rodada

SÃO PAULO
Rogério Ceni, Zé Luís, Alex Silva, André Dias, Jorge Wagner, Richarlyson, Hernanes, Joílson (Éder Sciola), Hugo, Dagoberto (Eder Luís), Borges (Aloísio).
Técnico: Muricy Ramalho.

PALMEIRAS
Marcos, Fabinho Capixaba (Evandro), Jéci, Gladstone, Leandro, Léo Lima (Lenny), Martinez, Diego Souza (Denílson), Valdivia, Kléber e Alex Mineiro.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Local: Estádio do Morumbi – São Paulo – SP
Data: 13/07/2008, Domingo
Horário: 16:00
Árbitro: Carlos Eugenio Simon (RS)
Público: 22.235 pagantes
Renda: R$ 404.749,00
Cartões Amarelos: André Dias (SPO), Dagoberto (SPO), Aloísio (SPO), Gladstone (PAL), Kléber (PAL) e Alex Mineiro (PAL).
Gols: André Dias (SPO) aos 7’ primeiro tempo / Eder Luís (SPO) aos 38’ minutos e Jéci (PAL) aos 47’ do segundo tempo.

Melhores Momentos

Confira os jogos anteriores

1ª Rodada – São Paulo 0 x 1 Grêmio
2ª Rodada – Athletico 1 x 1 São Paulo
3ª Rodada – São Paulo 1 x 1 Coritiba
4ª Rodada – Santos 0 x 0 São Paulo
5ª Rodada – São Paulo 5 x 1 Atlético/MG
6ª Rodada – Flamengo 2 x 4 São Paulo
7ª Rodada – São Paulo 1 x 0 Sport
8ª Rodada – Cruzeiro 1 x 1 São Paulo
9ª Rodada – São Paulo 1 x 1 Ipatinga
10ª Rodada – Náutico 2 x 1 São Paulo


Alan Ribeiro Gomes. Tenho 27 anos, formado em Jornalismo e atualmente faço graduação em Educação Física. A torcida pelo São Paulo Futebol Clube iniciou através de meu pai desde criança. A partida decisiva da final do Campeonato Paulista de 1998 foi um dos grandes marcos em minha vida. Ao longo dos anos, a paixão pelo tricolor só aumentou, independente de vitórias ou derrotas. Acompanhar o Clube da Fé é algo que faz parte da minha vida.

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