A segunda conquista do Brasileirão pelo São Paulo teve tons de emoção e dramaticidade. Até os 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, o Guarani estava se sagrando bicampeão nacional, revivendo o grande momento de 1978. Contudo, aquele 3×2 no placar seria alterado por um gol milagroso, no que pode ter sido a “lei do ex” mais dolorosa da história dos campeonatos brasileiros: Gilson cobrou o tiro de meta, Wagner Basílio chutou a bola para o céu, ela descaiu e achou a cabeça de Pita, que deu uma casquinha precisa para um impiedoso Careca empatar a partida. Moralmente, o Tricolor já era campeão desde aquele momento.
O derradeiro jogo foi para as penalidades. Era um momento que mexia com os brasileiros, que viram a grande Seleção de 1986 cair para a França nas quartas de final justamente nas cobranças da marca do cal na Copa do Mundo. Naquela ocasião, Careca foi o autor do gol do Brasil e Zico, camisa 10 e craque do time, mas machucado, perdeu um pênalti no tempo normal – e converteu nas cobranças finais. Voltando ao Brasileirão, o craque do São Paulo, Careca, marcou no tempo norma novamentel, e perdeu nas cobranças finais, por ironia do destino. No futebol, costuma vencer aquele que erra pela penúltima vez. E foi isso ocorreu com o São Paulo.
Naquele dia, mesmo com o erro de Careca, o bugrino João Paulo isolou a bola e permitiu que um herói improvável, Wagner Basílio – aquele mesmo do bicão -, fosse o autor do quarto e último lance de gol. Justamente o do título, que deixou mais emudecido o já silencioso Brinco de Ouro da Princesa. O Tricolor era o grande bicampeão nacional.
Clique aqui e confira a postagem do São Paulo rememorando a grande conquista.
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