Tricolor Gringo

Dentre tantas escalações que rascunhamos com os maiores de todos os tempos, resolvemos lembrar aqui dos gringos que atuaram pelo Tricolor do Morumbi.

Alguns deles fizeram história, são ídolos pouco conhecidos pelos mais jovens, outros não tão gloriosos assim, mas que vão figurar nesta lista que fizemos com argentinos, chilenos, colombianos e uruguaios. Não se trata necessariamente da melhor seleção de gringos, pois alguns nomes ficaram de fora do time titular que escalamos, mas abrimos aqui o debate para que você comente e faça suas sugestões.

É uma boa oportunidade também para você conhecer quem foi cada um e ter uma ideia do que alguns destes nomes representaram en nossa história. Vamos lá?

Jose Poy

Foi um goleiro tão seguro que teve seu nome cotado para a seleção brasileira da Copa de 54, mesmo sendo argentino. A imprensa pressionou, os dirigentes chegaram a consulta-lo sobre a eventual naturalização, mas a idéia acabou não dando certo. Foi técnico do time diversas vezes de 63 a 83, tendo sido campeão paulista em 75, vice-nacional em 71 e 73, vice da Libertadores em 74 e vice paulista em 82.

Renganeschi

Renganeschi consagrou-se como ídolo do São Paulo por dois motivos: Porque era um zagueiro clássico, seguro e raçudo e por ter exercido essa “raça” num lance importantíssimo, que deu o título paulista de 46 para o SPFC. Machucado, ele apenas fazia número, já que naquela época não se permitiam substituições. Mesmo assim, arrastando a perna, fez o gol da vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0. Foi técnico das divisões menores em 50 e 51 e foi técnico dos profissionais em 58.

Dario Pereyra

Era craque na bola e na raça, característica comum no jogador uruguaio. Chegou como volante e demorou a se firmar, o que acabou ocorrendo perto de um ano depois, quando foi deslocado para a quarta-zaga. Após ter ganho confiança, voltou a atuar algumas vezes como volante e o fez com maestria. Suas arrancadas em direção ao ataque eram de tirar a respiração dos torcedores. Tinha uma velocidade incrível e um chute muito forte. Além de grande defensor e armador, fez muitos gols pelo SPFC.

Diego Lugano

Desconhecido, sua contratação não fora aprovada pelo então técnico, Oswaldo de Oliveira, passando a ser conhecido como “O Jogador do Presidente”. Aos poucos, jogando com uma grande vontade e espírito de luta, Lugano conquistou a torcida são-paulina. Campeão Paulista, Brasileiro, da Libertadores e Mundial.

Pablo Forlan

Campeão de tudo pelo Peñarol nos anos 60, veio ao São Paulo para acabar com o jejum que já durava 13 anos. Destacava-se pela garra. Atribui-se a ele a frase: “O melhor momento de se amedrontar os adversários são os primeiros cinco minutos do jogo, quando o juiz nunca dá cartão”. Travou grandes duelos com Ney, do Palmeiras. O encontro deles era uma atração à parte.

Álvaro Pereyra

Chegou por recomendação de Lugano, vindo da Inter de Milão para tentar ser o dono de nossa lateral esquerda. Não era um primor de qualidade, mas se destacava pela raça em campo e dedicação, tanto que chegou a desmaiar algumas vezes, por não fugir de divididas e choques de cabeça. Disputou a Copa do Mundo de 2014 pela seleção de seu país e foi titular do São Paulo até a chegada de Carlinhos, quando decidiu sair do clube por perder espaço.

Maldonado

O volante chileno Maldonado chamou a atenção do São Paulo quando defendia o Colo-Colo, clube que o revelou para o futebol, entre 1998 e 1999. No Tricolor do Morumbi desde o começo da temporada de 2000, o jogador, logo de cara, conquistou o Campeonato Paulista daquele ano e, meses depois, levou o Chile à medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney. Em 2001, novo título obtido: o Torneio Rio-São Paulo. Por fim, em 2002, ajudou o time a levantar o troféu do Supercampeonato Paulista. Ao fim do primeiro trimestre de 2003, foi negociado com o Cruzeiro, deixando o Tricolor após 99 jogos disputados e 2 gols marcados.

Sastre

Sastre é um dos grandes jogadores da história do SPFC, aonde chegou já perto dos 33 anos. Antes de brilhar no nosso time, ele brilhou no Independiente. Sua liderança foi fundamental na fase em que o São Paulo realmente se transformou em time de ponta, ganhando os campeonatos paulistas de 43, 45 e 46. Além do mais, é nosso recordista de gols num jogo só: fez seis na goleada de 9 a 0 na Portuguesa Santista em 1943. E dizer que quando o tricolor o contratou zombavam que Sastre seria um desastre.

Albella

O argentino Albella veio de contra-peso na contratação de seu compatriota Moreno, em 52. Mas foi quem deu certo. Ele veio como centroavante e consagrou-se como meia, formando dupla com Gino no time Campeão Paulista de 1953. Ganhou o apelido de “El Atômico” porque fazia jogadas inesperadas. Dava a impressão que ia cair, mas, como se tivesse molas, reerguia-se e fazia a torcida vibrar. Seu corpo espigado grande amedrontava os adversários.

Pedro Rocha

O Verdugo era o seu apleido, porque “matava” os adversários com a sua categoria, seu chute fortíssimo, suas cabeçadas arrasadoras, sua visão de jogo. Uruguaio, veio do Peñarol com um currículo invejável, com títulos como campeão da Libertadores e do Mundo. Chegou em 71, com 28 anos, e brilhou com a camiseta tricolor até aos 34. Pelé não escondia a sua admiração por Pedro Rocha, dizendo que ele era, na sua opinião, um dos cinco maiores jogadores do mundo. Rocha é até hoje o único jogador uruguaio a disputar quatro Copas do Mundo (de 1962 a 1974).

Aristizábal

O colombiano Aristizábal infernizou as defesas adversárias do Tricolor no final dos anos 90, ao lado de França e Dodô. As atuações dele levaram-no à Copa do Mundo da França, onde esteve em campo, nas três partidas que a Colômbia jogou, mas somente na derrota para a Romênia, por 1 a 0, foi titular. Pelo clube, o ex-centroavante disputou 79 jogos, de 1996 a 1998, e balançou as redes 37 vezes. Nesse período, o ex-atleta que nasceu em Medellín conquistou o Campeonato Paulista em seu último ano no São Paulo.

Nossa escalação

Artes sobre o SPFC Quadrada | Arquibancada Tricolor
Principais estrangeiros que atuaram no São Paulo, por posição

Fontes:

  • BRANQUINHO, Rui; SERRA, Michael (2012). Bíblia do São Paulino. 1 1ª ed. São Paulo: Panda Books. 416 páginas. ISBN 978-85-7888-171-9
  • Site Oficial: saopaulofc.net
  • Wikipédia

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