A Coluna do Felipe é publicada às quintas-feiras pelo Felipe Morais e sempre trará detalhes sobre a rica história do Tricolor! Clique aqui e veja todas as edições da coluna.
Amigos Tricolores.
O que acontece com uma das grandes promessas da base tricolor? Está complicado poder contar com essa realidade do futebol. Desde o ano passado que eu não acho que o Liziero é uma promessa e sim uma realidade, assim como, Antony hoje. O volante sabe sair jogando, dá outra dinâmica ao time, tem um excelente passe, um bom chute, boa visão de jogo e com certeza, em forma, é titular do meio de campo do São Paulo. Cabe ao Cuca, armar o time para que Hernanes entre, mas sem que o time fique povoado de volantes como tem sido nos últimos jogos. Está chato ver o time jogar com tanto volante e sem alguém que pense o jogo e faça a bola chegar. Hernanes é o cara para isso, mas sua essência é marcar, logo, ele precisa dividir a responsabilidade. No banco, Igor, Vitor, Nenê poderiam, tranquilamente, fazer isso. Poderiam…
Torço muito por essa molecada da base. Liziero é só mais um da safra campeã que o São Paulo formou. Ele pode ser um dos melhores, não duvidaria se alguém o colocasse nesse patamar, dessa vitoriosa safra #madeincotia, mas as contusões estão acabando com a carreira do jogador. Hoje, a medicina está muito mais avançada, mas eu me lembro do inicio fim da década de 80 e inicio dos anos 90, quando o Milan tinha um trio Holandês de muita qualidade: Rijkaard; Gullit e Van Basten. Rikkaard, que anos mais tarde foi técnico do Barça antes da era Guardiola e Gullit, conhecido pelos seus cabelos longos, jogavam no meio campo, ao passo que Van Basten, matador, era o camisa 9 e um dos melhores do mundo em uma época em que Romário, Batistuta e Careca jogavam em alto nível ainda. Sorte o São Paulo não ter enfrentado, em 1993, o Milan com esse trio.
Nesse mesmo ano, com menos de 30 anos, Marco Van Basten, se aposentou dos campos devido a inúmeras cirurgias mal feitas e anos e mais anos de contusões. O futebol perdia um grande craque goleador para as contusões. Não tem como, quem viveu nessa época, e era fã do futebol não se lembrar. Eu, como muitos garotos, tinha um time de preferência na Itália, era o Milan. Obviamente, quando em 1993, enfrentou o meu time do coração, eu fiquei um pouco chateado, mas o São Paulo é sempre a prioridade e ainda bem que ganhamos. O Milan era o time que eu gostava, até por ter as mesmas cores do São Paulo, mas muito pelo o que faziam em campo os holandeses que jogavam por lá. Eu tenho medo de que Liziero tenha uma curta carreira ou que não chegue a todo o seu potencial como jogador por causa de tanta contusão.
No jogo contra o Bahia, quando ele se machucou, eu fiquei bravo. Pensei, “poxa, de novo! Moleque de vidro!” tal qual muita gente pensou e expressou o mesmo em grupos de WhatsApp e do Facebook, mas depois, ao ver o tamanho que o pé dele ficou com a criminosa entrada do zagueiro baiano, tive dó do garoto. Tenho amigos dentro do São Paulo que só me falam maravilhas sobre ele, sua postura, conduta, ética e amor pelo São Paulo, o que me faz torcer mais ainda pela sua recuperação e para não mais ter tanta contusão. Ele, sem dúvida, é titular desse time. Eu, por exemplo, até testaria ele pela lateral esquerda – lembrando que ele jogava assim na base – deixando Luan, Hernanes e Igor no meio, ou mudaria para o 4-4-2 com ele no meio, Reinaldo de volta a lateral – mesmo que ele não tenha a menor condição de vestir o manto tricolor – e abriria a mão de um atacante, deixando Pato e Antony/Pablo no ataque. Mas, eu não sou o Cuca e nem treinador, apenas essa é uma visão de torcedor, que já está irritado com o futebol brasileiro, como um todo, e ver que todo mundo joga do mesmo jeito com medo de perder o emprego. Como disse no artigo da semana passada, obrigado a escola gaúcha de futebol.
Liziero, boa sorte!
A torcida está com você! Você além de um craque é humilde e tricolor. Entendemos isso, lhe daremos todo o apoio. Se jogar mal, vai ouvir criticas, se jogar bem elogios. Normal do futebol. Você joga em um time gigante, um dos maiores do mundo e nunca entrou em campo sem honrar o manto. Jogou muito bem em alguns jogos, nem tanto em outros, mas nunca faltou raça. Continue assim, a sua carreira, sem contusões, está traçada para o sucesso!
Felipe Morais. Publicitário, apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. Sócio da FM Planejamento, Palestrante sobre marketing digital, comportamento de consumo e inovação. Autor dos livros Planejamento Estratégico Digital (Ed. Saraiva) e Ao Mestre com carinho, o São Paulo FC da era Telê (Ed Inova) – www.livrotele.com.br
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Foto: Erico Leonan – saopaulofc