Na semana de retomada dos jogos faltando nove rodadas de Campeonato Brasileiro para o fim da temporada do São Paulo, me permito começar a pensar em 2025 e a tratar do planejamento do próximo ano já deixando o alerta: é melhor ficar preparado.
Claro que na Casareslândia tudo parece impecável: investimentos na base que vem quente para 2025, diminuição da dívida, contratações modestas mas assertivas…tudo muito bonito no papel. Mas a prática, desta vez, vai precisar adotar como verdade alguns desses métodos. E começo tratando da parte financeira.
Com o FIDC junto ao Grupo Galápagos já aprovado no Conselho Deliberativo, o São Paulo, pela primeira vez em anos, será “obrigado” a respeitar o seu próprio orçamento para 2025. Em anos anteriores, não foi assim. Em 2023, por exemplo, o teto era de R$350 milhões e o São Paulo gastou mais de R$426 milhões. Em 2025, para reduzir a dívida bancária a longo prazo, o Tricolor terá como limite para investimento no futebol o menor valor entre 50% da receita bruta anual e R$350 milhões.
Uma redução significativa no projetado versus realidade, mas que já é pautado internamente como prioridade para a próxima temporada. Em paralelo a isso, vem a natural redução nos investimentos em novos jogadores. O São Paulo, que ainda precisa cumprir os R$174 milhões em vendas de atletas pelo planejamento de 2024, terá uma verba modesta para contratações em 2025 e o tal do “moneyball”.
É preciso ter a expectativa controlada para contratações em 2025. O discurso do moneyball é muito bonito estampando manchetes na Casareslândia e talvez a prática seja diferente, mas uma coisa é fato: o São Paulo não contratará grandes nomes e o torcedor deve se acostumar com a ideia.
Fechando o trio de expectativas para o próximo ano, vem Cotia. Investimento em novos equipamentos e a ideia de contratar captadores de base pelo Brasil. O São Paulo quer transformar Cotia em um grande fornecedor para a equipe profissional, e a ideia no papel é bacana. Na prática, a atualidade é um departamento lotado de conselheiros e poucos resultados. Vivemos da expectativa e da ideia de que sim, temos bons profissionais que podem fazer diferença mesmo com o entorno ruim.
Um destes, pra mim, é Allan Barcellos, técnico do Sub-20 (que venho alertando da capacidade desde o Sub-17). É o treinador com métodos de trabalho mais próximos do São Paulo que encantou o Mundo há alguns anos. Com peças bem trabalhadas e sem interferências de poder, pode ditar um novo rumo às categorias de base e montar um time forte para a Copinha.
Que a prática esteja à altura da expectativa e que as promessas da Casareslândia se tornem verdadeiras. E, claro, que as próximas nove rodadas reservem algo bom para o são-paulino, por um 2025 começando com vaga na Libertadores.
Espero você aqui na próxima segunda-feira ao meio dia para continuarmos nosso papo.
Gabriel Sá é setorista do São Paulo FC há mais de um ano pelo Arquibancada Tricolor. Onde o São Paulo joga, Gabriel está presente. Sua coluna traz análises e informações de quem está ao lado do Tricolor, em qualquer lugar e a qualquer momento.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
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