A gente ama, e ama eternamente, mas se cansa. A sensação que o atual time do São Paulo despertou em nós torcedores nesse Campeonato Brasileiro, de provável conquista, já é marcante. Na mesma intensidade, as duas derrotas recentes trazem de volta sentimentos que mais vivemos recentemente: de perdas em momentos decisivos.
Entre a impaciência daqueles que querem demitir tudo e todos e a calma de quem diz que o momento é de união e ponderação, estou justamente no meio. É preciso cobrar para tentar sair dessa pasmaceira dos últimos jogos, porém, com o tom necessário, para não jogar tudo pela janela.
O trabalho maior, portanto, precisa ser feito pela nova diretoria, principalmente pelo nosso coordenador Muricy Ramalho. Liderança, atitude, vontade de ganhar e lidar com a pressão são alguns ingredientes fundamentais para voltar a vencer. Mais empenho e menos mimimi. Cadê os dribles, os chutes de fora da área e a eficiência na bola parada?
E Fernando Diniz, novamente, vai precisar mexer de alguma forma no time, trazer um fato novo. A volta de Luciano (desde que 100%) ajudaria muito, mas nesse momento, podem ser necessárias mais mudanças. Algumas possibilidades são a entrada de Rodrigo Nestor ou mesmo o sistema com três zagueiros, liberando mais Reinaldo e Juanfran (Igor Vinicius) para apoiar o ataque. E claro, lembrar que ninguém é insubstituível, nem mesmo o camisa 10.
O elenco tem limitações, porém, não há desculpa que justifique perder esse título. É obrigação de todos que lá trabalham não baixar a cabeça, não ter espírito de derrotado, honrar essa camisa e parar de buscar justificativa. E ah, presidente Julio Casares e companhia, se tiver grana atrasada com os jogadores, ou acerta ou já era.
A nós, torcedores, não há muito a fazer. Não podemos colocar 60 mil pessoas pra apoiar no Morumbi. Estamos limitados a assistir pela TV por conta da pandemia. Porém, assim que o São Paulo demonstrar em campo essa mesma vontade que nós torcedores temos de vencer o campeonato, mesmo os mais críticos irão apoiar.
Portanto, aos jogadores, ao Diniz, diretoria e todos aí na Barra Funda: ainda temos uma mínima vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro e nada está perdido, mas também não há espaço para mais vacilo. Está com vocês a possibilidade de retirar um dos maiores clubes do mundo de uma fila de 9 anos.
Vocês irão transformar isso em pressão ou estímulo?
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Foto: Rummens