Pra gente que ama futebol e acompanha um time de perto, a virada de ano é algo significativo. Pelo menos eu sempre troco de ano com a energia renovada, principalmente com novas expectativas. As férias do time do coração é quase que como as férias escolares. Importante pra gente recuperar o fôlego, recuperar a confiança e recuperar a empolgação também, mas nesse caso, é de ver o time jogar. Afinal, está tudo zerado novamente e são várias oportunidades de terminar um dia de jogo feliz e comemorando.
A parte triste é que não acho que esse meu sentimento é unanimidade. Acho que muitas pessoas seguem desanimadas pelas notícias extra-campo e por alguns sinais de extrema desorganização interna. E eu respeito isso, é um sentimento válido também. Mas apesar disso, acho que é hora de todo mundo tentar pegar um pouquinho desse meu sentimento de “ano novo, vida nova”. Digo isso porque a montanha é altíssima mais uma vez, e o time do São Paulo vai precisar do seu torcedor pra escalar.
Em mais uma temporada, o torcedor são-paulino vai precisar estar lado a lado do seu time, apoiando e conduzindo ele pras vitórias. No campo, o time não é ruim. Internamente, algumas coisas são boas também. Individualmente, vários jogadores decisivos estarão vestindo a camisa Tricolor. Mas só tem uma coisa que a gente confia de olhos fechados: Os milhões de apaixonados pelo São Paulo.
Esses eu tenho certeza que não vão abandonar e não vão desistir do time nunca. E, por isso, mais uma vez, nessa virada de ano, convido todos a virarem a chave, vestirem a camisa e caminharem pela Avenida João Saad. É assim que o São Paulo vem sobrevivendo há alguns anos. E acho que é assim que ele vai sobreviver de novo.
Na linha de partida, todo mundo está no mesmo degrau. Mas outros times têm muitas ferramentas a mais pra chegarem antes no pódio. Mas eles não têm vocês. Em 2023, todo mundo tinha um time melhor. Mas ninguém tinha a torcida que conduz. Naquela vez, deu resultado.
Quem sabe não dá certo de novo? Bora pra mais um ano?
Priscila Senhorães é setorista do São Paulo pela TNT Sports. Você provavelmente já viu conteúdos dela por aqui, seja entrevistando ou reportando. Priscila agregará colunas opinativas e com um toque de informação de quem conhece muito bem os corredores do Morumbis.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Verdade, Pri: claro que quando se fala na parte interna do São Paulo – dívidas, falta de transparência, discursos vazios, patrocínio defasado como bem lembrou a coluna do Tironi – isso não desanima, como magoa, entristece e dá muita raiva.
Mas, sim, na parte de confiar na torcida tricolor e no poder que ela tem – é lindo demais o estádio cheio numa Libertadores, mesmo não indo há quase 7 anos – confio demais, porque fui muito no estádio na época que estávamos para cair em 2017 e mesmo alvo de piadas dos outros – geralmente corintianos, que estavam em fase espetacular e foram campeões brasileiros com campanha fantástica – o time não esmorecia, mesmo nos piores momentos, claro, o nível do time estava ruim, futebol jogado estava longe de ser bom, mas muitos empates e vitórias vieram: quem não lembra dos 4×3 no Botafogo no Nilton Santos (aquele da dancinha do Jair Ventura quando eles ganhavam por 3×1 rs) e dos nossos 3×2 sobre o Cruzeiro também de virada?
Aquele 1×0 no Sport no Morumbi com várias defesas do Sidão não acabava nunca!!!
Como você disse, outros times têm condições de chegar antes ao pódio e no caso tricolor, a situação que já era bem complicada antes, piorou ainda mais – afinal o fundo vai limitar os gastos do SPFC com tudo: desde salários (jogadores e funcionários), contratações, despesas cotidianas e claro, empréstimos bancários -.
Ou seja: mais que responsável financeiramente, teremos que nos reinventar também em campo, feliz 2025, Pri!!!