O tema Rafinha ganhou força nas redes sociais nas últimas semanas. Primeiro, eu mesma fui cancelada por gravar um vídeo defendendo a renovação dele. Depois, algumas entrevistas dele falando sobre uma possível renovação repercutiram.
Bom. Eu sigo defendendo a permanência de Rafinha no São Paulo e vou tentar explicar os motivos.
Primeiro de tudo, apesar de vocês odiarem essa palavra, é necessário valorizar quem se doa pelo time. É necessário ter gratidão por quem nos leva a dias melhores e é necessário respeitar quem ajudou o São Paulo a voltar a vencer. Rafinha quer jogar mais um pouco. Rafinha quer encerrar a carreira após o campeonato estadual de 2025. Essa é a decisão dele.
Aí eu te pergunto: Qual é o sentido do Rafinha fazer isso em qualquer outro lugar que não o São Paulo? Por que ele teria que fazer isso? Qual foi a grande comprometida que Rafinha deu ao clube em 2024 que seja tão absurdo renovar com o jogador por mais 3 meses? Eu não vejo o menor sentido.
O Rafinha é um bom jogador, é um lateral direito de qualidade, com capacidade para ajudar em outras posições. A importância dele dentro de campo existe, sim, apesar da limitação física que ele já tem por conta da idade. Mas nada que comprometa em um contrato de TRÊS MESES. E se a gente for falar de importância fora de campo, então, aí poderia ser um contrato até maior se fosse da vontade dele.
Eu sei que a gente vive de resultado. Que o que acontece fora das quatro linhas pouco importa pra quem compra o ingresso e senta na arquibancada esperando ver um espetáculo em campo. Mas até chegar nessa hora do dia, muita água roda no rio. Muita mesmo. E o Rafinha ajuda a orquestrar tudo isso em busca não apenas do resultado, mas algo muito mais valioso: A formação de um bom grupo.
Hoje se pode reclamar de diversas coisas do São Paulo. Mas, na minha opinião, jamais podemos reclamar do grupo. Após anos de indiferença, o São Paulo hoje tem um time que se importa, que se doa, que fica put* da vida com uma eliminação. Um grupo de gente grande, que veste a camisa com respeito. Isso não quer dizer que o São Paulo vai ganhar tudo ou ser campeão de tudo, porque do outro lado também existe um time que merece ganhar e também trabalha pra isso. Mas um grupo fechado, unido e em sintonia é metade do caminho andado pra grandes conquistas.
E, se pararmos pra refletir, existe um clima de vestiário antes de Rafinha e outro clima de vestiário depois de Rafinha. Isso não é privilégio do São Paulo. O Rafinha faz isso por onde ele passa de maneira natural e simples. É muito mais fácil respeitar um campeão de tudo na carreira, que sabe o que fala, que sabe o que quer e que sabe o caminho da vitória. Hoje, o Rafinha representa isso no São Paulo: O campeão de tudo que é respeitado por todos. E que não transforma isso num ego inflado ou demasiado. Ele transforma isso em, por exemplo… Um título de Copa do Brasil e um título de Supercopa.
O que é que falta pra gente entender que o Rafinha é gigante, são-paulino e merecedor de mais três meses de contrato?
Priscila Senhorães é setorista do São Paulo pela TNT Sports. Você provavelmente já viu conteúdos dela por aqui, seja entrevistando ou reportando. Priscila agregará colunas opinativas e com um toque de informação de quem conhece muito bem os corredores do Morumbis.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Me desculpe, Pri, você escreve superbem – já te elogiei outras vezes nos meus comentários -, mas desta vez, discordo de você: sim, Rafinha é carismático, um grande lateral e extremamente vencedor, mas você também sabe que SPFC está superendividado – criação do FIDC é prova disso -, terá que vender, se desfazer de jogadores emprestados e até mesmo ex-jogadores da base que estouraram idade -.
Diante da experiência de Rafinha e Luiz Gustavo – Rafinha fez curso de técnico na ÇBF até – clube pode procurar saber se eles querem cargos à beira do campo – caso do Rafinha, pela formação na CBF – e se Luiz Gustavo se interessa em fazer curso de gestão para, por exemplo, comandar a base, seria algo que iria aproveitar o potencial deles.