O São Paulo perdeu alguns jogadores relevantes nos últimos dias, é verdade. A saída de Rafinha, Wellington Rato e Nestor foram as que mais mexeram comigo e com boa parte da torcida do São Paulo. Pelo menos essa é minha percepção.
Rafinha se desmanchou em lágrimas na sua despedida. Rodrigo Nestor nem se fala. Wellington Rato fez uma bonita despedida e teve uma grande movimentação a seu favor nas redes sociais.
Todas essas ações me despertam algo positivo: O São Paulo vem criando identificação com seus atletas novamente. Nos últimos anos, muitos jogadores passaram e a grande maioria não criou grandes vínculos com o clube. Isso parece estar mudando. Ou melhor: Isso parece estar voltando a ser do jeito que sempre foi no São Paulo.
O São Paulo vencedor foi construído por uma torcida apaixonada e por jogadores também apaixonados. Nunca foi uma grande injeção de dinheiro. Sempre foram times unidos, identificados e vencedores, com seus destaques individuais, é claro. Mas é como se essa coisa da paixão fosse parte do DNA do Tricolor, literalmente. Nem mesmo do campo se consegue escapar dela.
Quando se forma uma base como essa, de jogadores que se importam, dificilmente jogadores indiferentes conseguem permanecer. James Rodriguez está aí como prova. E claro, sei que muitos vão dizer que preferem um time que levanta taça do que um time identificado.
Mas eu prefiro a junção dos dois. Gosto do São Paulo ser um clube com uma lista imensa de atletas que são ídolos ou pelo menos estão na história. Isso é um privilégio no futebol hoje em dia, movido totalmente por fortunas. E quanto mais eles se importam, mas perto da vitória o clube está. Quanto mais perto da vitória, mais perto do São Paulo voltar a ser o São Paulo.
Acho que, nesse quesito, o caminho está certo.
Priscila Senhorães é setorista do São Paulo pela TNT Sports. Você provavelmente já viu conteúdos dela por aqui, seja entrevistando ou reportando. Priscila agregará colunas opinativas e com um toque de informação de quem conhece muito bem os corredores do Morumbis.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Verdade, Pri: sempre é maravilhoso ver jogadores – casos especificos do Wellington Rato e Rafinha, que não são crias do Tricolor – que criaram esse laço com as nossas mágicas 3 cores.
E ver a emoção do Nestor, lembra a despedida do Lucas, lá atrás em 2012 campeão da Sul-americana, com 20 anos, chorando e levantando a taça de campeão no Morumbi.
O São Paulo que ficou muito tempo em jejum, já apaixona bebês e traz sangue novo para nossa torcida e com quem joga – e por que não, a comissão técnica também – acabam gerando esses novos vínculos, caso do Zubeldía no profissional e até do Allan Barcellos na base que se inspira no nosso Telê para ensinar nossa molecadinha.
Os ex-jogadores saem, servem para indicar possíveis contratações, servirem de embaixadores do clube onde estiverem e viram verdadeiros torcedores estimulando e torcendo, vemos isso no Renan e no Ilsinho (que inclusive comentam aí para o AT), o Cicinho, o Denilson, o Souza e claro, o Müller, nosso Aloisio Chulapa (como esquecer dele e os danones, as várias crianças de Atalaia-AL, que leva ao Morumbis para ver o Tricolor…).
Será bom demais continuar tendo essa geração de jogadores que se identificam e o time novamente campeão!!!