Esse texto não é sobre ser ou não a favor da renovação de Rafinha com o São Paulo. Até porque esse debate nem existe mais. Ele não fica e esse capítulo está encerrado. Esse texto é muito mais sobre um agradecimento a quem defendeu a camisa do São Paulo com todo o respeito do mundo e entrou pra história do clube com sua importância dentro de campo e fora dele também. Então vamos lá.
Uma das funções do jornalista é tentar ao máximo se manter sempre por dentro dos corredores de um centro de treinamento. Nem sempre dá certo, é verdade. Na verdade, a porcentagem é bem pequena do que conseguimos saber de verdade sobre o que acontece no dia a dia. Mas ter conhecimento da importância do Rafinha internamente nem foi um desafio tão grande como jornalista, pra ser sincera. Afinal, ele aparecia em absolutamente todas as conversas, em qualquer momento.
São Paulo está bem? Rafinha teve importância pra ajudar nisso. São Paulo está mal? Rafinha ajudou demais naquilo. Desavenças entre as partes? Rafinha estava no meio pra ajudar. Um moleque em momento complicado? Rafinha ajudou. Um jogo com maior tensão rolando? Rafinha estava lá para ajudar. Uma eliminação? Rafinha pegou a palavra e ajudou os companheiros. Aliás, “ajudar” é uma ótima palavra pra definir o Rafinha. Ele realmente “ajuda”.
Rafinha facilmente entra pra lista de um dos principais capitães que o São Paulo já teve. Daqueles que lidera mesmo, que dá norte ao time. É como se ele fosse o motorista do ônibus do São Paulo e todo mundo senta nos bancos e simplesmente confia que aquela rota escolhida tem grande chances de ser a melhor. Ou, pelo menos, a com mais probabilidade de dar certo.
No elenco do São Paulo nesses últimos anos, o Rafinha representou a voz do elenco para com a diretoria e com a comissão técnica. Rafinha representou a roda de pagode que relaxava o time pra uma decisão. Rafinha representou o abraço e as palavras de alento aos seus companheiros nos melhores e nos piores momentos. Rafinha representou a união e a parceria de um elenco extremamente entrosado.
O Rafinha é muito foda! E eu tô escrevendo esse texto muito, mas muito triste. Independente de quem era a favor ou não de uma renovação, não ficar triste com a oficialização do fim desse ciclo é no mínimo estranho. Torço fortemente para que seja um até logo. O Rafinha é a cara do São Paulo. E a cara do São Paulo ficou bem melhor com o Rafinha. Perdemos hoje um dos maiores líderes do São Paulo nos últimos anos.
Resta esperar para ver para quem vai o bastão agora. Mas é importante que tenha alguém. Em tempos de vacas magras, ter um Rafinha faz toda a diferença pra coisa não desandar. Sem ele, já teria desandado. Mas foi exatamente o contrário: Rafinha foi um lindo capítulo da retomada do São Paulo.
Priscila Senhorães é setorista do São Paulo pela TNT Sports. Você provavelmente já viu conteúdos dela por aqui, seja entrevistando ou reportando. Priscila agregará colunas opinativas e com um toque de informação de quem conhece muito bem os corredores do Morumbis.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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