O que parecia caso encerrado com final triste semana passada sofreu uma reviravolta e o São Paulo caminha para anunciar a contratação de Oscar (quando você estiver lendo este texto, é possível que o negócio esteja fechado).
Sem investidor externo, sem plano de marketing mirabolante, nada disso. Se o negócio sair, será com recursos do próprio clube. Mas como assim? O São Paulo não está mergulhado em uma severa crise financeira que limita investimentos? A saída encontrada pelo clube para equilibrar financeiramente a chegada de Oscar é abrir mão de vários jogadores que não são titulares além daqueles cujos contratos vão acabar. Em tese, financeiramente está tudo certo.
Mas aí, o questionamento da torcida do São Paulo é outro: vale a pena ter menos jogadores com mais qualidade ou um elenco regular e homogêneo para encarar a pedreira que é a temporada brasileira? O departamento de futebol já tem sua resposta: vale a pena ter menor quantidade e maior qualidade.
Para a conta fechar, nomes como Nestor, Liziero, Wellington Rato, Galoppo e Michel Araújo sairão. Dessa turma aí, nenhum foi titular em 2024 e três tiveram oportunidades de entrar em campo com alguma frequência.
A manobra é arriscada. Os mais céticos lembram do movimento do Corinthians no começo de 2024. O time quase caiu no Paulista até quebrar o cofre e contratar sem critério nenhum. Esta comparação talvez seja exagerada, mas que há risco de dar errado, há. Assim como qualquer coisa pode dar errado em um clube com os problemas financeiros que o São Paulo enfrenta.
A chegada de Oscar tem outro risco, incluído no pacote de qualquer contratação: dar certo ou não. Brilhar na China não significa nada, dirão alguns. Pois para mim, qualquer contratação tem uma dose enorme de aleatoriedade. Hulk veio da China e há três anos é o melhor jogador do Atlético Mineiro. Felipe Anderson veio da Itália e pareceu ter vindo de alguma liga periférica do futebol mundial.
A ideia de ter um time titular mais forte e ter reservas que este ano foram titulares recheados por jovens da base me parece fazer sentido. Arriscado? Sim. Mas o São Paulo dos últimos anos arriscou (e perdeu) em movimentos que faziam muito menos sentido do que este.
Eduardo Tironi é uma referência quando o assunto é São Paulo Futebol Clube. Leal ao seu parceiro Arnaldo Ribeiro, ele conduz, junto a ele, o canal “Arnaldo e Tironi”, além de comandar o G4 no Bandsports. Não perca a coluna de quem tem propriedade para falar sobre São Paulo Futebol Clube.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Tironi, realmente era o São Paulo que pagaria tudo, mas Oscar complicou as coisas pedindo as tais garantias – que obviamente eu não sei, mas, se bobear talvez tenha a ver com não poder atrasar salário, cumprimento de meta, valorização salarial, pagar em dia, opinião minha, deixo claro aqui que ge não as especificou –
E claro, por rede social, Casares vive ali e o presidente da Superbet alinharam forma de pagamento de Oscar, o que só vai aumentar dívida do São Paulo essa participação nos pagamentos.
Isso do usar a base, elenco com menos qualidade, é sossegado – o São Paulo deveria faz tempo buscar isso: usar muito esses jogadores – e trazer emprestados tanto os que disputaram o paulista como os de outros estaduais ou das Séries B, C e D do Brasileiro de 19-23 anos por 1 ano, dentro do orçamento do clube, se jogador der certo, renova contrato e vende mais caro, sobe os mais qualificados da base para formar elenco e um outro mais experiente não tão caro e obviamente, pagável pelo orçamento do clube, com qualidade para ser titular.
Não tem essa de midiático, selecionável, jogou Copa do Mundo, na Europa, esquece, panorama tricolor hoje é outro e fundamental hoje e deveria ter sido não só ONTEM e ANTEONTEM.
O buraco já está fundo, empresas, associações sem fins lucrativos (casos de cooperativas e clubes, como o São Paulo) NÃO QUEBRAM.
AINDA….