Luís Zubeldía tem uma característica bem interessante e que poucos treinadores têm, sobretudo no Brasil. Ele dá boas entrevistas.
Pode ser pela sua formação em comunicação e, portanto, sua bagagem traz o entendimento do papel da imprensa, seja por ser um apaixonado por futebol e gostar de debater o tema. Mas fato é que sempre que o argentino fala, alguma coisa interessante sai (e atenção: interessante não significa que seja necessário concordar, mas algo que gera reflexão, discussão ou que traz alguma informação relevante).
Assim foi a primeira entrevista de Zubeldía nos Estados Unidos, onde o São Paulo faz a sua pré-temporada.
O companheiro do “Arquibancada Tricolor”, Gabriel Sá, perguntou sobre a possibilidade de Lucas, Oscar, Luciano e Calleri jogarem juntos e o treinador, sem decretar que isso será feito, deixou pistas.
Sua resposta, de cara, deixa claro que:
- ele pensa em utilizar o quarteto, dependendo do jogo e circunstância. A ideia parece que o seduz, quando ele diz algo como “jogadores que tem gol e jogadores que dão assistência são complementares”.
- Que sentiu a ausência de um organizador na temporada de 2024.
Antes de os apressadinhos determinarem que a principal contratação do clube vai ter que jogar pelo lado do campo para acomodar Luciano, é bom analisar os mapas de calor de Oscar nos seus últimos tempos chineses: pelo lado esquerdo, caindo para o meio. Ou seja, um meia atuando pelo lado, algo que se tornou muito comum no futebol.
Na formação pensada por Zubeldia, o time teria Lucas de um lado, Oscar de Outro Calleri no comando de ataque e Luciano um pouco mais atrás, mas não exatamente como meia.
Não é uma tarefa simples fazer esta engrenagem funcionar. Vai depender muito do trabalho de Pablo Maia e Alison em primeiro lugar. Vai também depender do trabalho dos laterais. Com laterais que avançam, Lucas e Oscar podem cair para o meio mais frequentemente. Com laterais menos agressivos, porém, a dupla terá menos trabalho defensivo.
Zubeldía sempre dá boas entrevistas. E neste deixou a torcida com esperança. Será que dá pra juntar todo mundo?
Eduardo Tironi é uma referência quando o assunto é São Paulo Futebol Clube. Leal ao seu parceiro Arnaldo Ribeiro, ele conduz, junto a ele, o canal “Arnaldo e Tironi”, além de comandar o G4 no Bandsports. Não perca a coluna de quem tem propriedade para falar sobre São Paulo Futebol Clube.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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Tironi, sinceramente? Acho muito arriscado, primeiro pela alta idade – Calleri, 31, Luciano, 32, Lucas 32 e Oscar, 34 – analisando individualmente: Luciano terminou artilheiro do time, 18 gols no ano: bom sinal? Excelente, mas o “fator Luciano” atrapalha, ou seja, temperamento explosivo e excesso de cartões.
Lucas, tem sido o motor do time do time, faz muitos gols, dá assistências, mas só tem conseguido jogar mais centralizado, quase em cima do atacante, porque o aquele que ele é bom – ou era – o “partir pra dentro da direita para o centro ou ãs vezes da esquerda – ele não tem ido bem ‘- talvez devido à idade ou às últimas lesões ou talvez as 2 coisas juntas -, Calleri: esteve em baixa, não rendeu, poucos gols, ficava muito em impedimento e você via que ano passado ele era mantido no time porque “incomoda zagueiro e tem crédito” como Zubeldía disse e mesmo jogando muito mal vários jogos seguidos, foi difícil para Zubeldía poupá-lo ou colocá-lo na reserva, como Luciano tantas vezes foi:
Oscar, apesar de nos treinamentos nos EUA sugerir que ele jogue bem, quero ver para valer, 90 minutos, afinal o ter estado na China 8 anos o fará sofrer bastante por aqui e todos já sabem o que penso sobre a volta dele – que ele mostre merecer estar de volta jogando e não porque o presidente nas horas vagas praticamente implorou para ele voltar depois do primeiro “não” recebido -.
E com Ryan Francisco, Henrique Carmo, Lucas Ferreira pedindo passagem, Rodriguinho ganhando nova chance, Mateus Alves podendo subir em breve da base, tenho mais esperança nesse quinteto que descrevi – embora talvez dependendo do esquema e jogadores utilizados, talvez todos não possam jogar juntos – exatamente por causa de algo que o São Paulo precisa reaprender a fazer: mais que voltar a investir na base, como é o caso do exemplo que eu dei, mas de rejuvenescer o elenco, que o São Paulo digo que precisa reaprender porque renovou com Luiz Gustavo – 37 -, Santi Longo, de 20 jogos ano passado, fez 3: por que cargas d’água Zubeldía o quis do Belgrano? (Re)Subisse o Negrucci, 20 (fará 21 anos em maio e São Paulo pretende emprestar, para dar chances a…Longo) que é nosso: que pode ser volante e zagueiro e aí também nem Sabino precisaria ter vindo – principalmente o COMO VEIO, recuperando de lesão, igual Pato na última passagem – e ganharia salário de jogador da base: NÃO É MAIS FÁCIL TRAZER DE COTIA???
Enfim…falei não só do quarteto do título, me alonguei um pouco mais – bom, acho que o assunto é São Paulo, é assim mesmo, né? hahaha –