O São Paulo empatou com o Criciúma e, como escreveu meu colega Gabriel Sá ontem aqui mesmo no Arquibancada Tricolor, os ruídos sobre o trabalho de Luis Zubeldía e a possibilidade de interrupção em 2024 aumentaram. De novo. Haviam baixado depois da boa vitória sobre o Vasco.
A análise fácil é a de que “o São Paulo não pode!” empatar com um time como o Criciúma, que subiu este ano da Série B e tenta permanecer na Série A. E aí, a lupa sobre o trabalho do treinador fica grande, ainda mais quando fora de campo a direção do clube não faz nenhum esforço para fortalecer a relação a não ser postando diariamente fotos de algum cartola ao lado do treinador (sobre isso, aqui vai a minha sugestão: mandem fazer um Zubeldía de papelão em tamanho natural e coloquem no CT para facilitar a produção das fotos em redes sociais).
Mas sobre o jogo do fim de semana, vale lembrar. O gol sofrido pelo São Paulo surgiu de uma engrossada vergonhosa de um dos melhores e mais regulares jogadores do elenco, Arboleda. Que completou o serviço perdendo um gol sem goleiro no segundo tempo.
O Criciúma “que não pode vencer o São Paulo!” na cabeça de alguns tem de fato um desempenho em casa ruim. É o 17º mandante do Brasileiro com 47,92% de aproveitamento. Porém, é um time que perdeu pouco em casa, apenas três vezes. Mas empatou muito (cinco vezes, a última contra o Tricolor). E venceu quatro vezes. Ou seja, o desempenho fraco em casa não é porque perde muito, mas porque empata muito. Em resumo, ganhar em Criciúma como exigiram alguns, não é tão simples quanto parece.
E por falar em números, outros: a falha individual de Arboleda foi apenas mais uma de muitas falhas individuais dos jogadores do São Paulo. O time sofreu 33 gols na era Zubeldía, 15 deles a partir de falhas individuais, ou seja 45% do total de gols.
Apontar para Zubeldía tem sido o caminho mais fácil para “solucionar” os problemas do São Paulo (inclusive partindo de dentro do clube). Em 2025 com orçamento menor e desafios maiores, o elenco será este aí. Lucas não vai se transformar em outro jogador nem Calleri nem Arboleda nem Luciano nem ninguém. Ah, e nem Jamal Lewis, contratado pela diretoria com base no scout e que muita gente garante ser melhor do que Welington. O jogo contra o Criciúma mostrou.
Eduardo Tironi é uma referência quando o assunto é São Paulo Futebol Clube. Leal ao seu parceiro Arnaldo Ribeiro, ele conduz, junto a ele, o canal “Arnaldo e Tironi”, além de comandar o G4 no Bandsports. Não perca a coluna de quem tem propriedade para falar sobre São Paulo Futebol Clube.
Confira minhas colunas anteriores aqui no Arquibancada Tricolor.
*As opiniões expressas aqui são de responsabilidade do autor do texto, e não refletem a opinião do site
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