O empresário Abílio Diniz já refutou, peremptória e definitivamente, qualquer possibilidade de injetar dinheiro no São Paulo Futebol Clube. Apesar de ser torcedor declarado e de ter aliança com pessoas importantes dentro da instituição, Diniz não considera uma solução viável a ajuda financeira nesse sentido. Porém, apesar de não coadunar com a prática, o ex-nome forte do Grupo Pão de Açúcar indicou o norte para modernizar o Tricolor: transformá-lo em um clube-empresa.
“Eu defendo não só no São Paulo, mas em todos os times, que tenham uma administração profissional. Precisam ter pernas fortes”, enfatizou.
Abílio, ainda, detalhou qual seria o processo para a situação sair do papel.
“Não é só decidir. É preciso haver uma assembleia dos sócios que aprove aquilo que se vai fazer. Há caminhos e uma legislação para fazer isso. (É um caminho) mais saudável para o clube”.
Para contextualizar a sua opinião, o empresário citou o exemplo dos clubes europeus, que, em sua maioria, optaram pela adoção da gerência empresarial nos clubes.
“São clubes com legislação e estrutura. Você vai no Camp Nou e vê algo impressionante. Vai no estádio do Sporting e vê algo sensacional. É o que deve acontecer aqui no Brasil, acho”, complementou.
Apesar da citação do Camp Nou, o Barcelona é uma das exceções europeias à adoção do modelo de clube-empresa. Bem assim, o seu rival, o Real Madrid.
Dados apontam que 92% dos clubes das cinco maiores ligas já implementaram o sistema. No Brasil, o número é inverso: menos de 8% adotou tal medida. Em sua grande maioria, os times locais são associações sem fins lucrativos. Por aqui, alguns exemplos de sucesso são o Red Bull Bragantino, o Cuiabá – estes, já na elite do futebol nacional – e o Botafogo-SP.
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