Abel relembra Libertadores contra o São Paulo: “Tínhamos que jogar contra a história”

Foto: Rummens

O Choque-Rei é uma das maiores rivalidades do Brasil. Além dos confrontos constantes em torneios nacionais, São Paulo e Palmeiras já se enfrentaram em cinco edições da Taça Libertadores – 1974, 1994, 2005, 2006 e 2021. Curiosamente, o Palmeiras venceu apenas uma dessas dez partidas: justamente a eliminatória de 2021. E também é a única vitória de Abel Ferreira sobre o São Paulo até então.

Em confrontos eliminatórios, a discrepância também é grande, e a favor do São Paulo. Em 18 confrontos desse viés, o Tricolor venceu 14 e perdeu apenas 4. Um desses foi justamente no início do ano, na final do Paulistão, em que o São Paulo levou a melhor e conquistou o título. Estudioso contumaz e sabedor da responsabilidade que carregava ao novamente encarar o time do Morumbi em uma Libertadores, Abel exigiu foco total e exaltou a história entre os clubes.

Logicamente tínhamos aqui um desafio muito grande. Uma barreira não só de jogar contra a equipe que nos derrotou no Paulista, mas também a que não tínhamos vencido – ao menos, não ainda comigo. E jogar contra a história. Como compor isso? Era jogar a história ao nosso favor. Fazer com que a equipe técnica e os jogadores pudéssemos escrever a história contra o rival, que nunca o Palmeiras havia vencido na história da Libertadores“, disse Abel Ferreira.

Como bater o São Paulo?

O técnico ainda demonstrou que analisava bastante o São Paulo. Como tinha conhecimento sobre a virtude defensiva da equipe, Abel Ferreira montou um Palmeiras com mais liberdade no ataque e com um jeito específico de defender. Para tanto, o português usou uma tática um tanto curiosa: espelhou o mesmo veneno que havia sido utilizado pelo Tricolor nas vitórias anteriores.

Sabíamos a forma deles se defenderem e tínhamos a nossa maneira de atacar. Os jogadores que tinham mais preponderância no ataque teriam que ir buscar a bola. Se os médios deles fossem buscar os nossos pontas, íamos abrir os espaços. Foi a forma que encontramos para atacar. Para defender, era muito simples: usar o mesmo veneno que eles utilizaram nos quatro ou cinco jogos contra nós. No meio de campo, foi apenas marcação individual“, completou o treinador.

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