Antes de partir, Bauza deixa agradecimento ao torcedor são-paulino

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Após o duelo com o Atlético-MG (1 x 2) na noite desta quinta-feira (4), no Morumbi, o técnico Edgardo Bauza se despediu do Tricolor. Antes de seguir para o novo desafio na carreira – dirigir a Seleção Argentina -, o comandante deixou um recado para a torcida são-paulina. Além de deixar o Tricolor entre os quatro melhores clubes do continente, na Libertadores da América, Patón foi responsável por promover as estreias de cinco garotos revelados no CFA: Lucas Fernandes, Luiz Araújo, Artur e Pedro Bortoluzo.

“Aproveito esta coletiva para agradecer a torcida que me apoiou o tempo todo, que voltou a ir ao estádio e que confia que o time seguirá bem. À imprensa, que me tratou com respeito. Foi um período que serviu muito para mim e que me levou a essa tremenda responsabilidade de dirigir meu país. É difícil qualificar o trabalho. Tenho convicções muito firmes e estou seguro do que falo. Quando cheguei e começamos o trabalho, havia visto várias partidas anteriormente e começamos tentando criar ordem”, avaliou o treinador, que completou.

“Uma vez que a ordem se estabeleceu, pudemos dar mais crescimento e dar lugar a jogadores para aumentar o crescimento dele. Kelvin é um exemplo. Via no Palmeiras e gostava, mas começamos pela esquerda e depois o fizemos render na direita. Ganso falavam que não corria e não fazia gols, mas se transformou em um jogador vital para o time. Assim teve a chance de ir à Europa e voltar à Seleção Brasileira. Demos a possibilidade a Calleri de receber muitas bolas e se transformar em goleador. Agora há jovens crescendo e o trabalho da diretoria. Saio, mas sigo trabalhando para que cheguem jogadores de hierarquia aqui”, afirmou.

Bicampeão da Libertadores (LD, em 2008, e San Lorenzo, em 2014), Bauza comandou o São Paulo 49 jogos: foram 18 vitórias, 13 empates e 18 derrotas. Além dos títulos da Libertadores, Patón também foi campeão da Recopa Sul-Americana (2010), bicampeão Equatoriano (2007 e 2010) e do Torneio Apertura, no Peru (2004). Patón foi o 14º técnico de fora do país no comando do Tricolor, sendo o quarto argentino: Jim Lopes (1953, 1954 e 1965), Jose Poy (várias passagens entre 1964 e 1983) e Renganeschi (1958 e 1959).

“O futebol brasileiro é difícil pela quantidade de jogos, com pouco tempo de recuperação. Os atletas são submetidos a uma carga muito elevada que não pode ser sustentada. É um atentado aos técnicos e aos atletas, mas é assim. Quando chegamos ao São Paulo, viemos com a ideia de que a equipe teria que ganhar uma identidade. Falei com a diretoria, antes de assinar, que a primeira missão era fazer o clube assumir de novo o protagonismo. Com isso começamos o trabalho. O São Paulo tem obrigação pela história de ser protagonista sempre”, opinou o técnico, que emendou.

“Fomos irregulares no início, começamos a Libertadores mal, mas eu dizia que estávamos no caminho. E fomos encontrando o time. Com o tempo e a disposição dos atletas, encontramos isso. Essa identidade foi encontrada, como hoje mostraram. Eles deixam tudo no campo. Tivemos cinco baixas nas últimas semanas, todas no ataque, e isso nos afetou. A diretoria sabe e está trabalhando para somar jogadores de hierarquia. Vou conformado, porque o primeiro objetivo foi alcançado. O outro técnico dará sua forma, mas já tem uma base para trabalhar e isso é o que me deixa tranquilo e seguro. Com dois ou três jogadores que faltam chegar, vão recuperar a boa equipe que tínhamos”, finalizou.

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