Arnaldo Ribeiro: “Nas cobranças internas que fez ao São Paulo ele (Ceni) lembrou o Telê Santana”

Na última quarta-feira (09), Rogério Ceni se viu na berlinda. O treinador, muito identificado com a torcida na época de jogador, ainda não conseguiu convencer o torcedor no banco de reservas. As falas da época de Flamengo também ainda ecoavam nos ouvidos dos torcedores e por isso, a relação parecia estar abalada.

A campanha da equipe também não ajudava o treinador. Após brigar contra o rebaixamento em 2021, o time entrou na partida contra o Santo André na zona de rebaixamento da competição estadual e dificilmente, com uma derrota ou empate, Ceni poderia prosseguir com o trabalho no Morumbi.

Porém, o gol de Marquinhos já no fim do jogo garantiu a vitória da equipe e deu tranquilidade para Ceni e a equipe. O time foi abraçado pela torcida que fez festa após o apito final. Ceni foi aplaudido antes, durante e depois do jogo – a arquibancada comprou a briga de Ceni e incentivou o time.

O tema foi analisado pelo jornalista Arnaldo Ribeiro que destacou o apoio da arquibancada como fundamental: “A voz da arquibancada é sagrada. Até essa partida existia uma certa guerra fria desde que ele voltou ao São Paulo, a torcida o recebeu com frieza e o desconforto do Ceni com isso era evidente. Antes do jogo contra o Santo André, ao saber de possíveis reclamações de jogadores e funcionários pelos métodos de cobrança do Ceni, a torcida organizada resolve abraçar o Rogério pela primeira vez desde a volta”.

A situação exposta por Ceni relembrou momentos da era de ouro do Tricolor. Durante o começo dos anos 90, o Tricolor era dirigido por Telê Santana e o treinador sempre brigou muito pela melhor infraestrutura do CT da Barra Funda. Para Arnaldo, a situação foi parecida pois Ceni foi formado por Telê.

“Pela primeira vez ele teve seu nome gritado no Morumbi e pela primeira vez foi o Ceni que estamos acostumados a ver, do conflito. Nas cobranças internas que fez ao São Paulo ele lembrou o Telê Santana, de quem foi discípulo, e com quem aprendeu muita coisa, chegar antes, sair depois, ser perfeccionista, olhar o buraco do campo, a água da piscina, que foi a imagem do discurso”, avaliou o jornalista.

O jornalista finalizou elogiando a postura do treinador. Para Arnaldo, o problema do clube não tem relação com jogadores: “Ao apontar o dedo, ele atingiu os alvos certeiros, que não são os jogadores, são os feudos no centro de treinamento”.

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