Arnaldo Ribeiro: “O campo teve um grupo de jogadores durante o ano inteiro muito ruim”

Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC

O ano 2021 do São Paulo foi frustrante. O time saiu de uma equipe que liderava o Campeonato Brasileiro para uma quarta colocação na competição nacional e a queda de Fernando Diniz. Posteriormente, o time empolgou a torcida com a chegada de Hernán Crespo e conseguiu sair de uma fila de oito anos e meio com a conquista do título paulista.

Porém, o time não conseguiu rendimento na competição nacional e o argentino acordou com a diretoria na interrupção do trabalho. A chegada de Rogério Ceni não teve um efeito tão diferente do trabalho de Crespo e o time seguiu brigando contra o rebaixamento e conseguiu se livrar da chance da queda apenas na penúltima rodada.

Para o jornalista Arnaldo Ribeiro, o ano será lembrado com um sentimento negativo pela torcida do clube: “2021 para o são-paulino é daqueles anos dos piores, só não teve a queda. A permanência na Série A junto a Santos e Flamengo entre os que não caíram acaba sendo um alívio, mas o alívio do São Paulo nesta temporada, com o fim da fila paulista, com algumas vitórias no campeonato, não tiraram essa nuvem que vive em cima do São Paulo nos últimos tempos por conta de administrações ruins e de condução ruim em campo também”.

O jornalista seguiu analisando o momento do clube no programa Posse de Bola, do UOL. Arnaldo destacou o ano de 2021 da equipe e comentou a montanha russa que o torcedor teve ao longo dos meses.

“São as duas coisas no São Paulo, é diferente do Bahia e do Grêmio, são as duas coisas. Se a gente contar o ano inteiro, o são-paulino começou com janeiro naquela derrocada da campanha do Fernando Diniz e o seu time no Campeonato Brasileiro em janeiro deste ano. Os Brasileirões deste ano, tanto final de 2020 quanto o de 2021, vou te contar. É resultado, sim, de má administração, de uma troca de comando diretivo que não surtiu efeito”, comentou o jornalista.

Neste ano, o presidente Julio Casares começou o mandato de três anos e prometeu mudanças importantes no clube, porém, passado mais de 300 dias, o clube segue com o modelo de gestão parecida com a dos antecessores e uma mudança de estatuto pode ser a mudança mais drástica do presidente (algo vislumbrado como negativo por parte da torcida).

As pequenas boas notícias que o novo presidente Julio Casares trouxe no primeiro semestre foram evaporando com decisões estapafúrdias. Eu acho que a troca da comissão técnica foi uma delas, na minha opinião. Aí, dentro de campo e fora de campo, essa ameaça de golpe, de estatuto, mais uma vez, o São Paulo vive golpes. Acho que seria o terceiro golpe político no São Paulo na última década, coisa impressionante”, avaliou Arnaldo.

Por fim, o jornalista avaliou as últimas partidas do São Paulo. Sob o comando de Rogério Ceni, o Tricolor foi facilmente batido pelo América-MG e sofreu derrotas vexatórias para Flamengo (no estádio do Morumbi) e Grêmio (clube que terminou rebaixado no Brasileirão).

“Não explica isso o campo apenas. O campo teve um grupo de jogadores durante o ano inteiro muito ruim, sem alma, sem se importar com a situação, sem se incomodar com a situação, muita lesão, o departamento médico e preparação física, sobretudo da turma argentina, problemática, e agora esse capítulo final tem, sim, a marca do Rogério Ceni (…). A quantidade de partidas desastrosas do São Paulo sob o comando do Rogério Ceni foi impressionante na reta final, então, ele tem a parcela de culpa dele, sim, pelo 13º lugar”, finalizou Arnaldo.

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