Assembleia define neste sábado que rumo o São Paulo vai tomar

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Toda a cúpula do São Paulo pode ser desfeita em caso de uma derrota política neste sábado (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)Toda a cúpula do São Paulo pode ser desfeita em caso de uma derrota política neste sábado (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Depois de muita expectativa, chegou a hora. A partir das 21h deste sábado, os sócios do São Paulo Futebol Clube votarão, em assembleia, se aprovam o andamento das alterações feitas no estatuto, em 2004, ou se preferem manter a ação movida na justiça para que o ato seja desconsiderado e uma nova reforma seja feita, com a consequência da medida poder anular todos os contratos assinados pelo clube neste período e ter até a providências internas revogadas.

O responsável pela ação é o conselheiro Francisco de Assis Vasconcellos. Ele e seu grupo de opositores entendem que a manobra de 2004 é ilegal em função das alterações terem sido feitas sem a consulta dos sócios. À época, Juvenal Juvêncio foi beneficiado com um inédito terceiro mandato.

O São Paulo, por meio da atual diretoria, recorreu em todas as esferas, mas não conseguiu nenhuma vitória nos tribunais. A próxima manifestação é do Superior Tribunal Federal (STF), que tende a dar causa ganha ao conselheiro Vasconcellos, o que tornaria a decisão irreversível.

Até por isso, o clube convocou a assembleia deste sábado. Caso o “sim” vença, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, poderá seguir com seu mandato naturalmente, já que a argumentação da não anuência dos sócios cairia por terra. Mesmo assim, há a promessa de que um novo estatuto será apresentado para apreciação do Conselho Deliberativo em até 120 dias. Após isso, todos os sócios adimplentes do clube – o São Paulo tem cerca de oito mil no geral – dariam um novo e definitivo aval, democratizando as alterações, como tanto pede os opositores. Duas comissões especiais seriam formadas para organizar, filtrar e propor as mudanças.

Agora, se ao fim da votação deste sábado a maioria for contrária ao que foi colocado em prática desde 2004, o futuro do São Paulo se tornaria algo imprevisível e caótico. Leco teria sua eleição anulada, um interventor seria nomeado pelo Poder Judiciário, e essa pessoa não seria necessariamente um são-paulino ou alguém de dentro do clube, 133 dos 240 conselheiros perderiam seus mandatos, inclusive o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Abranches Pupo Barboza.

Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, expulsos recentemente após um escândalo envolvendo comissões, gravações e até agressões poderiam voltar às suas funções de conselheiros e todos os contratos assinados após 2004, seja na contratação de jogadores ou em parceria com patrocinadores, poderiam ser questionados, o que colocaria em xeque até mesmo a utilização do atual elenco no Campeonato Brasileiro.

Dos 32 estatutos que o clube já teve em sua história, apenas em os de 1930, 1935 e 1937 tiveram a participação dos associados em assembleia. Questionado sobre o aguardado encontro deste sábado, Leco foi sincero. “Tenho a ansiedade que todo ser humano tem. Nada além disso. Tenho ansiedade, mas tento controlar isso”.


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