Técnico tricolor minimizou reclamação de Centurión e elogiou rendimento da equipe no segundo tempo (Foto: Sérgio Barzaghi/Gazeta Press)
O técnico Edgardo Bauza deu uma concorrida entrevista na noite desta quarta-feira e abordou diversos assuntos além da vitória por 2 a 0 sobre o Vitória, no estádio do Morumbi. Além de classificar o triunfo como merecido pelo desempenho dos seus atletas, o argentino encheu Lugano de elogios, ignorou um “piti” de Centurión e afirmou que, apesar do interesse da seleção do Paraguai, não vai deixar o Tricolor antes do término de seu contrato, no final deste ano.
“Nosso time ganhou porque creio que foi melhor que o rival, primeiro. O primeiro tempo foi muito dificil, a posse de bola foi mais dividida, eles nos pressionaram muito na saída e nos causaram muitos problemas”, analisou, explicando a subida de produção da equipe na etapa final, coroada com os gols de Calleri e Lugano.
“No segundo tempo nós nos acertamos e creio que o time justificou ter ganhado, não deixou os rivais pararem nosso toque de bola. Marcou melhor também, mas, mais que tudo, fomos mais efetivos e ganhamos”, observou. Para chegar ao 2 a 0, Patón teve de substituir Centurión por Michel Bastos, fato que deixou bravo seu compatriota.
Ao sentar-se no banco de reservas, o atacante reclamou: “Por que eu? Por que eu?”. Nada que abalasse a noite do comandante. “Gosto muito quando eles saem bravos, não me agrada que saiam normalmente”, bradou, repetindo um de seus mantras mais conhecidos.
A.felicidade estampada no rosto do comandante chegou ao ápice quando ele avaliou a participação de Diego Lugano em mais uma vitória dos tricolores. “Ele veio para isso, porque é um cara que anima o grupo, que melhora o ambiente. Não sabíamos se ia conseguir jogar cinco partidas seguidas. E hoje (quarta) foi a quinta. Ele colocou seu prestígio em jogo para atuar aqui, merece ser elogiado”, exaltou.
Bauza ainda reconheceu ter sido procurado pela seleção paraguaia, que demitiu o técnico Ramon Diaz após a eliminação na Copa América Centenário, nos Estados Unidos, e busca um novo comandante para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Nas palavras de Patón, porém, é quase impossível ele, por vontade própria, não cumprir seu contrato até o final do ano.
“Chamaram meus empresários para comentar isso e não é a primeira vez que vêm me buscar. Tenho um contrato com o São Paulo e até que não termine, não vou tomar uma decisão. Não falamos de renovação, temos um contrato renovado e toda a minha vida respeitei, salvo por resultados, ou em algum momento que eu veja que o meu trabalho já rendeu o máximo. Ai eu falaria com o presidente para sair. Tirando isso, sou uma pessoa que respeita o que foi acordado”, encerrou o comandante são-paulino.