Casares: “Falam em golpe, mas teve voto”

Foto: Reprodução / YouTube

O presidente Julio Casares concedeu uma entrevista exclusiva ao canal “Arnaldo e Tironi”, do Youtube. Um dos temas mais polêmicos, como não poderia deixar de ser, foi a reforma do estatuto, ocorrida após a reunião extraordinária do último 16 de dezembro. Sobre o assunto, o presidente se autodenominou um democrata e refutou qualquer possibilidade de golpe no São Paulo.

Mudanças benéficas

A primeira pergunta feita a Casares foi justamente acerca das alterações ocorridas após a reunião do Conselho Deliberativo. O jornalista Arnaldo Ribeiro questionou o mandatário sobre quais seriam as mudanças benéficas ao clube, tendo em vista a enxurrada de críticas com relação à ocorrência de um possível desvio de finalidade com as deliberações pautadas.

Sobre isso, o presidente ressaltou que os órgãos do Tricolor estão em pleno funcionamento, de forma harmoniosa. E que as propostas de reforma partiram do deliberativo – sendo, portanto, atos democráticos do clube.

Um clube de futebol tem órgãos deliberativos com suas atribuições, mas com harmonia. O São Paulo tem a diretoria e o Conselho de Administração; no âmbito do legislativo, tem o Conselho Deliberativo. Ainda tem o Conselho Consultivo e o Fiscal. São órgãos previstos no estatuto com suas atribuições e iniciativas. Toda reforma ou proposta de reforma partem de iniciativa de conselheiros, que são ratificadas pela Assembleia – que ratifica as decisões. Partem do deliberativo”, disse Casares, em sua fala inicial.

Falam em golpe, mas teve voto

A jornada retórica do presidente ao explicar os órgãos internos do clube foi justamente para chegar ao ponto crucial que gostaria de ressaltar: que não existiu nenhum golpe, já que teve voto com a reunião do Conselho Deliberativo e que ele, antes de tudo, é um democrata.

Respeitamos as iniciativas de uma reforma que já estava sendo discutida. Entendemos que das 24 propostas apresentadas democraticamente, com debate e com votomuita gente fala em golpe, mas teve voto, o que é importante -, alguns itens trazem, sim, benefícios ao São Paulo“, completou o cartola, sem, contudo, explicar quais seriam esses benefícios citados. Especificamente sobre os protestos ocorridos, o mandatário alertou que respeita todos os tipos de manifestação contrária à situação: “Respeito qualquer tipo de protesto. Qualquer manifestação ou ideologia – como democrata que sou. Quero dizer que estamos completando o primeiro ano e gostaria que a avaliação de nossa gestão ocorresse no final da obra“, arrematou.

Posicionamento sobre reeleição

No que diz respeito à reeleição, Julio Casares procurou ser didático ao explicar que faz parte do jogo democrático, em sendo uma avaliação sobre a gestão.

A reeleição nada mais é do que a avaliação de uma eventual candidatura do mandatário. Se ela for bem, ela será aprovada. Se ela for mal, ela será reprovada. Isso vai ser colocado aos eleitores como uma avaliação. Isso não significa que estamos pensando na questão política, mas sim da gestão“, afirmou Casares.

Esse posicionamento, contudo, entra em conflito com a opinião pretérita do próprio presidente. Como apontado por Alexandre Giesbrecht, do Anotações Tricolores, Julio Casares – que votou “sim” para a pauta da reeleição na votação do Conselho Deliberativo -, pelo menos até o ano de 2016 defendia uma posição diferente da de hoje.

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Você pode conferir a entrevista completa no vídeo abaixo ou clicando aqui.

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