Não temos intenção de tornar a página, uma central de polícia e muito menos explorar o caso com sensacionalismo, apenas divulgar um apanhado do que já foi relatado na mídia e por se tratar de um jogador do São Paulo.
Edison Brittes Junior, autor do assassinato, foi preso na última quinta-feira, na cidade de São José dos Pinhais, onde ocorreu o crime. A filha do autor, Allana Brittes e sua esposa Cristiana Brittes, também foram presas preventivamente.
Versão dos acusados
A versão contada pelos acusados, relata que o jogador Daniel estava na casa da família, após a comemoração de aniversário de Allana em uma boate da cidade.
O empresário alega que ouviu pedidos de socorro vindo do quarto de sua esposa e encontrou a porta trancada. Quando arrombou a porta, se deparou com Daniel tentando estuprar Cris Brittes.
Edison conta que tirou Daniel de cima de sua esposa e começou a agredi-lo, junto com mais 3 participantes da festa, e após bater muito no jogador, o levou no porta-malas do carro para o matagal onde cometeu o assassinato.
“E de repente, uns 40 minutos que eles tinham chego, eu escuto gritos. ‘Socorro, socorro, socorro’. Quando cheguei no meu quarto, fui forçar a porta, a porta fechada. ‘Meu Deus, a Cris não fecha a porta’. Peguei e dei uma ombrada, arrombei a porta. Quando eu me deparo, Daniel está em cima dela, tentando estuprar a minha mulher. Eu saí de mim. Fiquei desesperado”
afirmou Edison em entrevista à GloboSua filha Allana, gravou em vídeo sua versão dos fatos, apresentada por seu advogado de defesa:
Versão de uma testemunha
Uma pessoa que estava na festa junto com Daniel, relatou à polícia uma versão que complementa alguns pontos e gera contradições nos relatos da família Brittes.
De acordo com o relato, a testemunha estava com Daniel e mais 6 amigos na boate, quando decidiram ir à casa da família Brittes para continuar a comemoração.
O relato da testemunha confirma o espancamento de Daniel por quatro pessoas, mas relata que Edison procurou todos os que estavam na festa para combinar uma versão diferente dos fatos.
Com medo das ameaças que recebeu, a testemunha se apresentou à polícia pedindo proteção e informando detalhes do que presenciou.
Contradições e mensagens
Em mensagens trocadas com amigos no WhatsApp, Daniel contou que estava em uma balada e que seguiu para a casa de uma menina depois. “Posso dormir aqui, tem várias ‘mina’ espalhada”, diz uma das mensagens de Daniel.
Ele enviou a um colega uma foto de Cristina Brittes dormindo e então, seu amigo pergunta se ele faria sexo com a mulher. Daniel diz que sim, quando o amigo pergunta se faria com Cristina acordada ou dormindo, mas não houve mais resposta. Essa foi uma das últimas interações de Daniel antes de ser morto.
Segundo apuração do UOL, a família Brittes já conhecia Daniel há muito tempo, inclusive Allana trocava mensagens com a família do jogador. e Edison chegou a ligar para a mãe de Daniel para prestar condolências.
Isso revela várias contradições, inclusive na versão relatada por Allana, pois em sua conta do Instagram, há uma foto ao lado do jogador, em sua festa de aniversário de 17 anos.
Historia mal contada
As versões relatadas pela família não se conectam em alguns pontos e apresentam divergências. Muita coisa será apurada e relatada à imprensa nos próximos dias.
O fato é que um crime hediondo foi cometido e houve ameaças e tentativas de mudar os fatos do ocorrido.
Vamos aguardar as novas apurações da polícia e a repercussão do caso.
