Clubes do Brasil retomam as atividades nos CT’s. Vale o risco?

Resumo da notícia:

  • Times do Sul voltam aos treinamentos
  • Flamengo faz “avaliações” em seus atletas
  • Fernando Diniz se diz contra retorno dos treinos nos CT’s
  • Como tem sido o acompanhamento dos jogadores do SPFC

Há mais de dois meses sem jogos de futebol no Brasil devido à pandemia do Covid-19, alguns clubes do sul do país retornaram aos treinamentos na semana passada como Grêmio e Internacional.

Já o Flamengo, segundo o UOL, fez alguns testes em seus atletas e “avaliações”, como eles chamaram, sem revelar quais tipos de trabalhos foram feitos em campo, lembrando que estão vetados os treinamentos no estado do Rio de Janeiro.

Ainda não há previsão para o retorno das competições no país, mas alguns clubes insistem em retomar as atividades, muitas vezes sem autorização das entidades de saúde responsáveis.

O cenário no Brasil ainda é complicado e triste, ontem foram registradas 1.179 mortes em 24h causada pelo vírus, somando ao todo 17.971 óbitos e 271.628 contaminados no país.

Sabemos que é importante que os atletas treinem e tenham uma rotina de trabalhos para se manterem em forma mesmo nesse momento e que o ideal seria em um centro de treinamento.

Todavia, o momento não dá abertura para que isso aconteça com segurança. A prioridade é preservar a saúde dos atletas, funcionários dos clubes e de suas famílias. Quando tudo isso se apaziguar, com a colaboração da população, aí sim seria o momento para começar a se pensar no retorno aos treinamentos habituais.

Em entrevista à Rádio CBN, o técnico do São Paulo, Fernando Diniz, falou sobre o assunto e fez uma crítica contundente: “Acredito que os clubes deviam se unir nesse momento para voltar todo mundo junto. Não tem muito sentido alguns times quererem voltar de maneira antecipada, para tirar vantagem sobre o quê? Ninguém joga sozinho, todo mundo precisa do outro para jogar”.

Ainda completou: “Isso também reflete um pouco dessa divisão que temos no país, os clubes a todo momento querendo tirar algum tipo de vantagem, e nunca agindo de maneira colegiada. Seria bom para ter um futebol mais forte. É reflexo da maneira como se vive o futebol aqui no Brasil”.

É isso! Não tem contra quem jogar, o maior rival nesse momento é o Coronavírus, mas alguns parecem estar entrando pro time dele e colaborando para sua propagação.

“Ah, mas os times da Europa estão voltando a treinar e a jogar!”.

Uma resposta óbvia e objetiva: nós não somos a Europa, nós estamos na América do Sul e nós somos o Brasil. O contexto de lá é totalmente diferente e eles estão em outro momento da pandemia, onde já encontraram um controle e equilíbrio em que podem se abrir mais em relação às possibilidades de voltar à “normalidade”.

Já aqui no Brasil a preocupação é em manter as pessoas em casa enquanto mais de 1.000 pessoas morrem por dia. Triste, trágico e me faltam palavras para demonstrar tamanha dor em relação a isso.

Não é tão simples falar sobre isso e tem muitas questões que entram em pauta nesse momento, fatores políticos e econômicos, além é claro, do de saúde pública. Nunca aconteceu nada como o que estamos vivendo, então é viver um dia de cada vez, então, em relação ao futebol: é preciso esperar e se cuidar.

Como o São Paulo tem agido nessa situação?

Os jogadores do São Paulo estão passando por um acompanhamento à distância com uma cartilha a ser seguida e treinamentos adaptados. As orientações e direcionamentos são feitas pelas comissões médica e técnica do clube. O técnico Fernando Diniz diz que mantém contato com os atletas por vídeos e que eles estão se cuidando em suas casas.

Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

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