A grande repercussão do acordo entre o Red Bull e Bragantino para comando da gestão de futebol do clube do interior parece ter aberto novas portas no futebol brasileiro.
Sofrendo há anos com a seca de títulos e gestões ruins, o São Paulo FC pode ter o mesmo destino, tendo seu departamento de futebol adquirido por um grupo britânico que deseja ampliar as atividades comerciais no Brasil.
A proposta dos ingleses visa separar o futebol da área social, redesenhar o escudo do clube, além da construção de um novo estádio, na zona sul da capital, com naming rights já fechado para uma empresa da indústria de tecnologia (especula-se, a Microsoft).
Sonho antigo, de quando o clube era pioneiro
Apesar do receio de ceder o controle do futebol para uma corporação, o sonho de tornar o clube mais rentável e funcionando como uma empresa é antigo.
Nos anos 80, o São Paulo funcionava de forma planejada, como uma empresa, programando com antecedência suas contratações, metas e alcançando resultados em campo.
Foram conquistados 5 títulos Paulistas (80, 81, 85, 87 e 89), 1 Brasileirão (86), contratações bombásticas (Oscar, Careca, Pita, Falcão, entre outros) e revelações aos montes na base (Muller, Silas, Sidnei, Nelsinho e muito mais). O time ainda teve vários jogadores convocados para as Copas de 82 e 86.
E o Morumbi?
Visto como um estádio histórico, mas difícil de ser remodelado, a empresa que visa controlar o São Paulo FC planeja a construção de um novo estádio, mais moderno, oferecendo conforto e a possibilidade de aumentar a renda com eventos.
A princípio, como a ideia é desvincular totalmente o futebol do social, o novo estádio seria construído em outro bairro da cidade de São Paulo, com construção de acessos ao metrô (para duas estações da linha 2 verde) e CPTM (na porta do novo estádio).
Com isso, o terreno onde atualmente está o Estádio do Morumbi seria cedido para a empresa em especulação imobiliária, de forma semelhante ao Arsenal Stadium em Highbury, Londres, no projeto de construção do Emirates.
Aliás, o case do Emirates Stadium parece ser o modelo de inspiração para a nova casa são-paulina, segundo um dos executivos da empresa responsável pelo projeto, que não quis se identificar:
“São Paulo é uma cidade imensa, que comporta um estádio desse porte, mas este precisa ser melhor localizado. O São Paulo é o clube ideal para nosso projeto, com uma grande massa de consumidores para este novo local de entretenimento”, comentou o executivo.
O fim dos cardeais e das gestões arcaicas? Sim.
O novo modelo proposto, encerra uma forma de gestão que funcionou durante anos, mas que parou no tempo. Os tempos de “agrados” e cargos a amigos parece que vão ficar para trás.
A nova gestão profissional do futebol são-paulino já chega com um patrocínio master, que deverá ser o maior já fechado para um clube brasileiro até hoje, com a Nubank,
Novos tempos estão vindo? Se não fosse uma notícia de primeiro de abril, poderia…