Como reforma no Monumental de Nuñez, casa do River Plate, pode inspirar o São Paulo?

Foto: Reprodução / River Plate

São Paulo e River Plate são dois dos maiores times da América do Sul e do mundo. Os clubes compartilham certas semelhanças como as cores, história de fundação, títulos importantes conquistados nos mesmos anos e claro os seus estádios. Tanto o Morumbi quanto o Monumental de Nuñez foram construídos distantes dos centros das suas respectivas capitais (São Paulo e Buenos Aires) e recebem o nome dos principais responsáveis por suas obras: Cícero Pompeu de Toledo, ex-presidente são-paulino e Antonio Vespucio Liberti, dirigente e presidente do River.

As casas sempre foram símbolos desses dois gigantes e vistas como verdadeiros caldeirões, lugares inóspitos para os adversários e templos das maiores glórias dos times a nível nacional e internacional. Hoje podemos dizer que apesar de continuar belo e histórico, o Morumbi não tem a mesma estrutura dos estádios dos maiores rivais do Tricolor, que sempre estiveram abaixo nesse quesito, mas nos últimos anos alcançaram e superaram o São Paulo em termos de estrutura e modernidade. Alguns receberam incentivos do governo e outros contaram com investimentos e planejamentos sérios de suas diretorias para chegarem ao patamar de atual.

Na Argentina, grandes reformas na estrutura para esportes ainda são esporádicas, tendo em vista que o país não recebeu nenhum grande evento ultimamente e passou por várias crises econômicas que dificultaram investimentos e aportes financeiros mais relevantes. Em meio a isso, Os Milionários (apelido do River) conseguiram bancar uma reforma em seu estádio, especialmente no gramado.

O novo Monumental conta com um gramado hibrido, com 95% de grama natural e 5% de grama sintética, esquema semelhante ao que Barcelona e Manchester United usam em seus campos, além de melhorias no sistema de drenagem e rebaixamento no campo de jogo em 1,80m, modernização nos banheiros e na infraestrutura de internet. A capacidade do estádio também aumentou graças a eliminação da pista de atletismo, que também existe no Morumbi, fazendo o número de possíveis espectadores passar de 60 para 77 mil. Toda a reforma custou cerca de 2 milhões de dólares (R$ 10 milhões).

Se hoje o River é o time mais forte da Argentina, há pouco tempo a equipe viveu o mesmo ostracismo em que hoje se encontra o Tricolor, mas soube se recuperar rapidamente investindo em seus atletas da base e em contratações pontuais e eficazes no mercado fugindo dos medalhões.

O Monumental, assim como as conquistas recentes da Libertadores, são prova de que é possível um time passar por uma crise e se reerguer desde que haja um bom planejamento, redução de custos e aplicação de valores de forma responsável.

*Esse texto conta com informações de: UOL, Futebol Portenho

Você pode conferir como ficou o novo estádio aqui:

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