O Arquibancast da última quarta-feira (26) teve como convidado Flávio Marques, conselheiro da oposição do São Paulo, que, dentre outros temas, falou sobre como funciona a divisão política dentro do clube.
Flávio começa explicando sobre a situação, que, em sua palavras, “é um colcha de retalhos. Não existe uma liderança.” Explica que esse ramo político do clube na verdade tem 3 grandes grupos: “Participação“, liderado pelo presidente do São Paulo, Julio Casares, e que controla perto de 20% dos conselheiros; “Legião“, liderado pelo diretor de futebol do clube, Carlos Belmonte; e “MSP“; sendo que esses 2 últimos controlam cerca de 15% do conselho.
Explica que, “enquanto o grupo do Casares está junto com os outros 2 grupos, eles dominam a situação.“
Porém, Flávio explica que ainda existem outros 3 grupos menores na situação: o “Sempre Tricolor“, o “Força São Paulo“, e o “Vanguarda.” Ou seja, “o que se chama de situação são 6 grupos políticos num equilíbrio instável“, dizendo que, se houver um desequilíbrio, podem acontecer rupturas.
O conselheiro crava que “a vantagem que temos em ser oposição, é poder votar com a própria consciência.”
Explica que “dentro da situação, você tem essa unidade, todos votam em bloco“, sendo que dentro da oposição, você tem alguma unidade de princípios, alguma unidade em temas estratégicos, mas não existe determinação em como todos devem votar, “é muito mais aberto.“
“Em alguns temas, como foi no ano passado do FIDC, houve um certo acordo, mas não existe essa questão rígida.“
Flávio, no entanto, afirma: “hoje, a oposição numericamente está enfraquecida. Temos uma oposição que tem trabalhado de forma a buscar essa unidade, para temas estratégicos“, dizendo que o grupo tenta “focar nos temas principais“, como responsabilidade financeira e transparência.
Explica também que, dentro da oposição, “existe um movimento de unidade de princípios e conceitos, do que propriamente a busca pelo poder.” Diz que a oposição tem 3 grupos: “Tradição“, “Raiz“, e “Legenda“, este último liderado pelo candidato da oposição em 2020.
Explica que, em 2023, quando a oposição optou por não lançar nenhum candidato, “fizemos uma campanha baseada no conselho, eram candidatos ao conselho deliberativo.” Mas completa: “aquela decisão anulou uma peça muito forte, que é o Casares“, dizendo que “nós tiramos do jogo uma peça importante; ficaram os peões disputando as vagas do conselho. Ficou uma campanha mais interna, deixou de ter relevância externa.“
Arremata dizendo que “a ideia original seria ter um candidato a partir do momento que estivessem encerradas as eleições do conselho.“
Assista ao corte completo:
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