O diretor-adjunto da base Douglas Schwartzmann participou na quarta-feira (05) do Arquibancast, no canal do Arquibancada Tricolor no Youtube.
O primeiro tema abordado em questionamento feito por Ricardo Senna foi em relação ao ‘Caso Under Armour‘, que teve ligação com o nome de Douglas na época.
No período do ocorrido, em 2015, Schwartzmann era diretor de marketing e foi denunciado em setembro de 2021 juntamente com Carlos Miguel Aidar, que presidiu o clube entre 2014 e 2015, Leonardo Serafim, ex-diretor jurídico, e outras cinco pessoas, por crimes de furto mediante fraude e lavagem de dinheiro.
Entretanto, todos os citados foram absolvidos pela Justiça em decisão tomada em julho de 2022 pela juíza Marcia Mayumi Okoda Oshiro.
Em específico no caso de Douglas, a acusação era por uma possível participação em uma operação de lavagem de capital, como era apontado no documento, em um acordo de comissão pelo contrato com a Under Armour, que foi fornecedora de materiais esportivos do clube.
Foi levantado um nome, Jack Banafsheha, como o possível intermediário das ações, que teria direito a pelo menos R$ 18 milhões em comissão pelo acordo.
Questionado sobre o caso, Schwartzmann respondeu: “Nunca teve nada ilícito, eu fui absolvido sumariamente, que é por não ter fundamento e foi encerrado pela juíza. Recorreram ao TJ, que por 3×0 manteve a sentença da juíza de uma absolvição sumária. Essa narrativa plantada na época por pessoas que tinham interesse em denegrir, abstinência de poder, independente dos erros que tenham acontecido pelo presidente, diretor de futebol, aquela fita famigerada que até hoje não foi apresentada na Justiça, eu não sei se ela foi manipulada. Na conversa fica claro, dois amigos brigando por uma situação e o meu nome é jogado ali como escudo”.
E continuou: “Com a relação a Under Armour eu só vou falar uma coisa, até hoje nenhum clube de futebol brasileiro fez um contrato que o São Paulo tinha com a Under Armour, aquela bagunça que foi feita na mídia queimou a patrocinadora e queimou imagem do São Paulo. Aliás, eles é que deveriam estar respondendo as perguntas, as pessoas que criaram aquela versão. Nunca teve comissão de 18 milhões, o Jack nunca foi fantasma, existiu, ele tinha intermediação, foi negociado e ele negociou com a própria Under Armour. A operação foi realizada e concretizada, nunca tive nada com isso, eu fui usado de forma covarde. Do ponto de vista pessoal eu não sofri nada porque eu tenho a mesma empresa há 45 anos, trabalho no mesmo mercado há 45 anos, com os mesmos clientes e meu trabalho é de confiança, eu não consigo nem transferir para outros porque as pessoas trabalham comigo, os meus clientes”.
“Isso prejudicou só uma pessoa, meu filho. Ele era estudante, tava entrando na faculdade, tem o mesmo nome que eu, então, toda aquela coisa covarde sobra pra família, pra mim não teve problema, minha vida dentro do São Paulo não mudou nada. Eu me afastei no momento que mudou o poder, mudaram as pessoas, mas continuei conselheiro, eu não fui expulso, não sofri nenhum ato interno, pelo contrário, aqueles que fizeram acusações falsas foram expulsos, não estão mais no São Paulo. Isso foi um momento ruim para o São Paulo, não foi para mim, quem perdeu foi o São Paulo que foi jogado no Mistério Público e sem nada, nunca teve nada. Os outros fatos que levantaram que nem participei, meu nome nem está envolvido, ficou encima da história da Under Armour, que foi o melhor contrato de materiais esportivos, até hoje nós não temos um contrato de material esportivo que pague a metade do que a Under Armour, pagava para o São Paulo. Essa história de comissão é conversa, vocês são do mercado, qualquer negócio, qualquer intermediário ganha comissão, não é o diretor, então se tinha Jack, se tinha outro, como tem outro hoje, ou amanhã. Eu fui usado por um momento político, tinha que ser instruído e usaram a minha imagem. Do meu ponto de vista pessoal, não tenho nada, continuo assistindo jogos do São Paulo todos os anos, continuo indo ao Morumbi, eu sempre sou torcedor. Eu estava diretor, estou diretor, mas nunca deixei de ser torcedor. Minha história com o São Paulo é muito maior do que os dois anos ou três que estive ali”.
Assista à entrevista completa:
Receba notícias do SPFC no WhatsApp e Telegram.
Siga-nos no Instagram, no YouTube e no Twitter.