O ano era 2017, os títulos haviam ficado longe com 3 eliminações precoces seguidas e a bagunça estava instaurada no maior do mundo.
Técnico? Rogério Ceni, o grande ídolo tricolor, que apesar dos diretores negarem, já estava por um triz, mas antes de ser sacado ele tinha feito um último pedido: Petros, 8 milhões por um ex corintiano que atuava no Betis, o que gerou muitos chiados da exigente torcida do São Paulo, que queria jogadores de renome e talento, coisas que há tempos não se viam pelos lados do Morumbi.
É certo que algumas semanas depois, o grande ídolo Tricolor, Hernanes, veio cumprir a profecia de salvar o time do coração, do iminente rebaixamento. Mas e Petros? O que o Profeta arrumou em campo, o “Pai de Família” arrumou no vestiário.
Rogério deixou nas mãos de Dorival um grupo limitado, desunido e sem confiança, fatores primordiais para um time fracassado e que não tem cara de time. Petros chegou e fez o que ninguém fazia no São Paulo há anos, mostrando para todos ali a grandeza de carregar 3 estrelas de títulos mundiais no peito.
Se nomeou como “pai de família”, calou a boca do “Seu Kanu”, marcou gol em clássico e ainda mais que tudo isso, não defendeu só a camisa tricolor, defendeu o nome do São Paulo e representou o torcedor dentro de campo com raça e comprometimento.
Um ano depois, o clima é oposto no Morumbi. Um time unido, cascudo e com alguns picos de talento. As chegadas de Nenê, Diego Souza e a volta de Hudson, aumentaram as lideranças no elenco que hoje briga por dois títulos importantes.
Neste ambiente mais saudável, como o São Paulo é a maior vitrine do futebol nacional, o “Mundo Árabe” fez uma proposta irrecusável para o jogador de 29 anos e levou o “Pai de Família” Tricolor.
Na última semana, Petros se despediu da torcida em um vídeo emocionante, em tempos de jogadores sem amor a camisa, é um caso raro no futebol, espero que tenha sucesso em todos os rumos que tomar na carreira, e quanto ao São Paulo, quando nos faltar talento, que nos sobre mais Petros.
