No Paulistão de 2021, conquistado pelo São Paulo, dois nomes improváveis e estrangeiros foram muito importantes ao longo da competição: Joao Rojas e Galeano. O primeiro voltou de lesão, assumiu a camisa 7 do clube e deu esperanças à torcida, mas não correspondeu depois do torneio e acabou negociado. O segundo deveria ter o mesmo destino, mas, em 2022, segue treinando, mesmo fora dos planos. E existe um motivo para isso.
Galeano, apesar de jogar no setor ofensivo, foi improvisado como lateral-direito para ter chances no Tricolor. Contudo, suas atuações foram aquém da expectativa e o seu valor de empréstimo era muito acima do que o time do Morumbi cogitava pagar. Assim sendo, o jogador estaria fora dos planos da diretoria e poderia voltar ao Rubio Ñu, clube ao qual mantém vínculo definitivo.
Porém, com Galeano ocorreu algo semelhante a Hudson, que estava no Fluminense: o seu contrato acabou sendo prorrogado em razão da recuperação de uma cirurgia ligamentar por que passou em outubro do ano passado. Ou seja: apesar de estar 100% descartado pela comissão técnica para compor o elenco de 2022, a sua ligação com o clube permanecerá inalterada até que esteja apto a voltar a jogar em plenas condições.
A razão disso é muito simples: as leis trabalhistas no Brasil são protetivas nessas situações e impedem que o jogador fique desamparado em um momento de vulnerabilidade. A lesão é considerada como um acidente de trabalho e, por isso, o jogador terminar por se imunizar com uma estabilidade temporária no emprego – que perdura até a sua recuperação. De acordo com reportagem do Globo Esporte, sequer há previsão de prazo para que isso ocorra.
Na temporada passada, Galeano fez 24 jogos, sendo 12 como titular, e marcou 1 gol – além de ter outro incorretamente anulado no mesmo jogo. Ele tem apenas 21 anos e sua última partida ocorreu no empate por 1×1 com a Chapecoense, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.
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