O capitão e lateral-direito do São Paulo, Rafinha, participou do podcast Denílson Show que foi ao ar na segunda-feira (18) e falou sobre alguns assuntos envolvendo o Tricolor Paulista.
Dentre eles, fez relatos da passagem de James Rodríguez pelo clube, revelando que chegou a ter uma discussão com o meia devido às atitudes apresentadas.
“Meu parceiro, irmão, mas brigamos aqui…ficou bravo porque eu fui chamar atenção dele. Jogamos juntos no Bayern, fomos campeões de tudo. Ligamos para ele as férias inteiras para vir para cá, sempre dando aquela força. Aí chegou aqui…”.
E continuou: “O James é o Ronaldo da Colômbia, camisa 10, capitão, estrela maior dos caras. É craque, um fenômeno jogando. Só que, no São Paulo, eram um monte de ‘soldadinhos’. Só que ele chegou e achou que tinha que chegar jogando. E aí a gente foi dando uns toques nele, para treinar um pouco mais, fazer um trabalho mais fora para entrar em forma logo, e aí ele reclamava: ‘Mas não é meu estilo’. E realmente…Ele não corria nem no Bayern, como é que vai correr aqui? Mas (no Bayern) era outro jogo, outro time. Aí foi passando o tempo e ele sentiu que não estava com o prestígio que ele sentia. Na hora que ele chegou, quem tinha esse prestígio era o Lucas, que era e continua sendo o nosso craque. O Lucas é um fenômeno, uma máquina. Lucas estava atropelando, e o James mais na dele”.
Rafinha comentou que, além dele, Dorival também teve uma conversa franca com o atleta:
“Então, (James) se sentiu desprestigiado, queria mais atenção para ele. Só que não tinha como. (O técnico) Dorival (Júnior) chegou para ele e falou: ‘Do jeito que você treina, como que vou te usar, vou tirar quem do time?'”.
“No dia que a gente chamou ele pra conversar, ele ficou zangado comigo…Eu falei: ‘Não sou treinador, sou jogador igual a você, se quiser que eu fale alguma coisa para ajudar, vamos falar’. Aí ele baixou um pouco a guarda”.
Apesar de tudo, o lateral ressaltou que James sempre foi profissional e que nunca faltou com respeito com o clube.
“Tem que ser sincero: Ele foi profissional. Nunca faltou com respeito, nunca chegou atrasado, o papel dele fazia certinho. É bom falar também, porque o torcedor só vê a gente no sábado ou domingo. Às vezes tem imagem do James preguiçoso, mas é diferente. No nosso time, não tinha como tirar ninguém”.
Assista à entrevista completa:
Pelo São Paulo, o meia disputou 22 jogos, marcou dois gols e deu quatro assistências, não conseguindo se firmar com nenhum dos três treinadores que comandaram a equipe no período que esteve no clube (Dorival Júnior, Thiago Carpini e Luis Zubeldía).
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