O presidente do São Paulo, Júlio Casares, voltou hoje (1), aos microfones, dessa vez para falar da demissão de Fernando Diniz e Raí. Em aproximadamente 20 minutos de entrevistas com os setoristas do clube, o presidente falou obiviamente das demissões de hoje, Daniel Alves e a busca por um novo treinador.
Abaixo estão alguns trechos do que disse o mandatário são-paulino.
Como não poderia deixar de ser, Casares abriu a coletiva explicando a saída de Diniz. Para ele, o ex-técnico não apresentou os resultados prometidos nas últimas reuniões. Confira:
“Foi uma decisão voltada para a visão do resultado e da falta de reação nesse momento para o prosseguimento do campeonato. Faltou a perspectiva de uma reação. Eu me lembro que após o duro resultado contra o Internacional, nós fizemos uma reunião para aguardar uma reação contra o Coritiba depois contra o Atlético-GO, esse resultado não veio. Nós estamos, portanto, agindo com a responsabilidade de quem assumiu dentro de um contexto diferente. Nós éramos para estar fazendo hoje o início de uma atividade precedendo uma temporada de um calendário normal. Isso não aconteceu. E nós temos que fazer um planejamento para o futuro e, portanto, a decisão (de demitir Diniz) teve que ser tomada agora. É por isso que essa decisão foi tomada, visando um planejamento em curso. Precisamos pensar numa reação futura no próximo calendário.”
Outro ponto levantado foi sobre uma possível saída de Daniel Alves e o pagamento de seu alto salário. Sobre isso, Casares despistou e disse que conta com o camisa 10:
“É um grande atleta, capitão, camisa 10 do nosso time, um grande jogador e tem contrato com o São Paulo. Nós esperamos que ele continue com a sua disposição, com a sua entrega. Ele que é um campeão internacional, um nome renomado, que para nos honrar, veste a nossa camisa. Portanto, nós contamos com ele sim. E Qualquer pendência financeira será resolvida internamente.”
Mas o assunto mais aguardado era a respeito de quem seria o novo treinador do Tricolor. O presidente afirmou não ter preferência por estrangeiros e que a decisão mão seria somente dele e sim de toda a diretoria de futebol:
“Não existe preferência por A, B ou C, até porque nós não imaginávamos essa saída do Diniz agora. Então, não há pensamento sobre técnico. Ele vai acabar acontecendo agora com a área de futebol. Nós temos na coordenação técnica o Muricy, o Belmonte na área do futebol, temos o Biasotto na base. É um conjunto de discussão, de avaliação, que deverá permear uma decisão. A decisão nunca é uma decisão pessoal. Posso garantir que eu não tenho predileção por brasileiro ou estrangeiro. Nós temos uma visão de que o São Paulo precisa representar o que o sempre representou. É um clube competitivo que tem no seu DNA conquista de campeonatos e essa é a missão que deve ter o futuro técnico.”
Casares também não descartou um técnico que ganhe um alto salário. Ele disse que tudo é uma questão orçamentária:
“Tudo é orçamento, podemos ter um técnico que ganhe A, B ou C, desde que esteja no orçamento conjunto. Esse é o mercado. Tem jogador que ganha mais, outro que ganha menos, outro que fica mediano. Mas se ele compõe o número final do orçamento é o que nós vamos assumir como responsabilidade. Nós vamos ter o orçamento como uma regra. Claro que temos limitações, mas não são limitações que possam impedir o avanço para ter um bom técnico. Precisamos ter inteligência orçamentaria e financeira para acomodar o número final que atenda o investimento na área do futebol. Esse é o grande desafio. Se couber dentro do orçamento geral, os grandes nomes poderão vir.”
Com as saídas de Diniz e Raí, podemos dizer que o São Paulo é finalmente uma gestão 100% Júlio Casares, que agora corre para anunciar um novo treinador, pois a temporada 2021 começa em menos de um mês e não haverá tempo para pré-temporada.
Confira a coletiva na íntegra aqui:
