Em entrevista à ESPN, o ex-técnico do São Paulo, Diego Aguirre, falou sobre a sua passagem na equipe Tricolor e sua demissão que aconteceu no final do Campeonato Brasileiro de 2018.
“Futebol tem momentos difíceis. Às vezes, injustos. Às vezes, não dá para entender. Mas fico tranquilo com o trabalho que fizemos. O São Paulo estava muito mal quando chegamos e o objetivo era chegar à Copa Libertadores, o que nós conseguimos. Mas, acho que a expectativa aumentou muito e já não era mais alcançar o nosso objetivo inicial. Então eu acabei sendo demitido. Me mandaram embora, fiquei surpreso, obviamente, mas faz parte do futebol. As coisas ficam onde têm que ficar. A bola pune e acontecem coisas depois que fazem o trabalho ser valorizado. Mas estou muito tranquilo em relação ao trabalho que eu fiz lá”.
O uruguaio disse que na época preferiu não falar sobre o assunto, pois estava bravo com a situação e poderia falar coisas que se arrependeria depois:
“Preferi não falar no momento porque estava ferido, estava mal, estava bravo e poderia falar coisas de que me arrependeria no futuro. Agora, as coisas ruins, a gente esquece e fica com as lembranças boas. Fiz muitos amigos e fizemos um bom trabalho. Tenho muitas coisas para lembrar”.
Sobre o seu relacionamento com a diretoria, Aguirre disse que era muito bom. Por isso, ficou sem entender no momento que foi anunciada a sua demissão.
“O relacionamento com o Raí era muito bom, mas não entendi o final. Não entendi quem tomou a decisão final. Se ele tomou a decisão, respeito. Se ele não tomou a decisão, não sei o que está fazendo lá.”
Ele também acredita que se Lugano estivesse no Brasil na ocasião não teria sido demitido do São Paulo:
“Lugano não estava de acordo com a decisão, até porque foi ele que me recomendou para o São Paulo. Ele estava em Buenos Aires no dia da minha demissão. Se ele estivesse em São Paulo, eu não seria demitido”.
Fonte: UOL
Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC