O São Paulo, até o presente momento, contratou Jandrei, Rafinha, Alisson, Patrick e, mais recentemente – e ainda não oficialmente – Nikão. Um goleiro, o lateral-direito, um atacante e dois meias, respectivamente. O clube ainda estuda a chegada de um zagueiro, um volante alto e um atacante rápido. Com isso, é bem provável que os garotos de Cotia percam espaço em 2022.
Em algumas partidas do Brasileirão do ano passado, para se ter uma noção, o São Paulo entrou em campo com muitos jogadores revelados no CFA Cotia. Contra o Atlético-MG, no segundo turno, a título de exemplo, o Tricolor escalou no Morumbi Luan, Liziero e Rodrigo Nestor no meio. O lateral-esquerdo era Welington. O esquerdo, Galeano. Isso muito dificilmente será repetido nesta temporada.
Liziero, um dos jogadores mais promissores revelados nos últimos anos, acabou de ser emprestado ao Internacional. Sua transição para o profissional foi marcada por muitas lesões – o que o impossibilitou de uma sequência que lhe respaldasse no São Paulo. Para uma posição assemelhada a dele, o time trouxe Patrick, a quem alguns entusiastas do clube atribuem uma proatividade melhor em relação à liderança do grupo.
O segundo goleiro durante todo o ano de 2021 foi Lucas Perri. Cedido ao Náutico também por empréstimo, abriu vaga para a chegada de Jandrei, que pouco jogou nos últimos tempos. De Cotia, Thiago Couto será o terceiro goleiro do time e muito provavelmente não terá espaços ao longo da temporada. Young, goleiro da Copinha, ainda é muito jovem para ter qualquer tipo de aproveitamento entre os profissionais.
Um caso emblemático é o setor defensivo. Os titulares são Arboleda e Miranda, além de Léo – todos os três não são da base do time. O outro zagueiro, Bruno Alves, foi cedido ao Grêmio. Isso, teoricamente, abriria espaço para algum garoto de Cotia. Na posição, Diego Costa, já testado, e Walce, que volta de contusão, seriam os substitutos naturais e sem custos. Todavia, a comissão técnica indicou estar negociando com Lucas Ribeiro, jogador contestado no time do Inter e custoso aos cofres do Morumbi.
É notório que o São Paulo atravessa uma fase bastante complicada nas finanças. Com uma dívida de aproximadamente 675 milhões de reais, o clube busca alternativas criativas no mercado para se reforçar. Apesar da apresentação de novos parceiros, como a Bitso, ainda não há cenário que permita deixar o clube no azul tão cedo. O mais natural seria, no caso, a utilização de atletas da base, uma vez que o clube é um dos maiores centros formadores de jogadores do futebol. Pelo desenrolar do início de temporada, porém, a tendência é justamente o oposto: a perda de espaços desses garotos.
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